Uma Moção da CDU sobre a habitação, está a 'animar' o arranque dos trabalhos da Assembleia Municipal do Funchal, com a troca de argumentos e 'galhardetes' entre a oposição (CDU, BE e PS) e a maioria PSD/CDS.

Pedro Calado interveio para assegurar que na Região "o grau de cobertura de habitação social é de 5%, o dobro daquilo que existe a nível nacional", afirmou.

O autarca funchalense reconheceu que "há caminho a percorrer" em matéria de habitação, ao concluir que "não só é importante a construção de novas habilitações, como é importante reconstruir e é também importante dar condições para fomentar as cooperativas de habitação", esta última contará no próximo ano com majoracão de 25% para incentivar o aparecimento de cooperativas de habitação.

Calado teceu ainda criticas ao centralismo de Lisboa que tem emperrado a promoção de habitação pública.

"O sistema que está montado demora muito tempo até à aprovação", queixou-se. Deu o exemplo de projecto lançado na zona da Nazaré, em São Martinho, onde o projecto da CMF 'dentro dos conformes' demorou nove meses a ser aprovado. Conclui que o país não está preparado para agilizar despachos. Terminou com reparo ao plenário, para lembrar que em vez de "brincar aos partidinhos, as pessoas lá fora querem é soluções".

A Moção da CDU 'Exigir do governo medidas para reduzir o valor das rendas e da prestação ao banco e assegurar o direito à habitação' foi reprovada com os votos contra da maioria PSD/CDS. O MPT absteve-se. A restante oposição votou a favor.