De acordo com a 2.ª notificação de 2023 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) da Região Autónoma da Madeira, estima-se que a necessidade de financiamento da Administração Pública Regional, em 2022, "situou-se nos 142,1 milhões de euros, menos 4,2 milhões de euros que o reportado na 1.ª notificação deste ano, que tinha natureza preliminar, enquanto que a dívida bruta baixou pelo segundo ano consecutivo, agora para pouco mais de cinco mil milhões de euros.

"Recorde-se que em 2021, a necessidade de financiamento havia sido superior, na ordem dos 213,0 milhões de euros", enquanto que a dívida bruta da Administração Pública Regional da Madeira em 2021 ascendia a  5.077,1 milhões de euros, tendo-se situado no ano passado nos 5.008,8 milhões de euros e, por isso, regista uma diminuição de "cerca de 68,3 milhões de euros (-1,3%)" em relação ao ano anterior.

Os dados divulgados em simultâneo pela Direcção Regional da Madeira e pelo Instituto Nacional de Estatística, revelam que "no país, a necessidade de financiamento das Administrações Públicas em 2022 atingiu os 779,1 milhões de euros, o que correspondeu a 0,3% do PIB português. Por sua vez, no referido ano, a dívida bruta das Administrações Públicas ascendia a 272,4 mil milhões de euros, ou seja, a 112,4% do PIB", não havendo ainda dados sobre o peso da dívida no PIB da Madeira (em 2021 era de 103,7%).

"Na Região Autónoma dos Açores, o saldo da Administração Regional foi deficitário em 395,1 milhões de euros e a dívida bruta da Administração Regional dos Açores era, em 2022, de 3.063,5 milhões de euros", pouco menos de dois mil milhões de euros do da Madeira. Por outro lado, tendo em conta que o saldo deficitário (necessidade de financiamento) da Administração Regional da Madeira é de 142 milhões de euros, significa que a dos Açores é pouco mais de 250 milhões de euros superior.