Não me interessa ser...

Não me interessa ser, mas viver!

Interessa-me sim, gozar a vida na sua plenitude, porque ela é curta em demasia.

Gozar de plena liberdade, de pensar, agir, executar, de se manifestar sem receios, de cabeça bem erguida, falar com todas as pessoas, nomeadamente, as mais humildes, sinceras e puras.

- Adoro! (aprendemos muito com elas…) - não perder tempo com coisas menores, é uma asneira sem sentido algum.

Porque não, juntar-se com os amigos, os verdadeiros, os de sempre, que nunca falham quando precisamos de alguma ajuda?

- Num jantar, num café, em qualquer sítio ou lugar?

(o que interessa é o convívio: conversar, recordar, dizer algumas asneiras, rir à gargalhada e sem pagar impostos?!...) - tudo isto, enaltece o nosso espírito e o coração sorri.

(eu já pertenço a um grupo com estas características, que é magnífico) - recordar, lembrar coisas do passado, da nossa infância e juventude, as brincadeiras, asneiras, traquinices praticadas… ai que saudades!

(brincávamos com jogos tradicionais da época, mas, já ninguém gostava de perder) - todavia, tratava-se de uma disputa sã, salutar – o ódio estava ausente, nem conhecíamos a palavra, não fazia parte do nosso dicionário.

Jogávamos ao pião, aos pauzinhos e futebol nas estradas, construímos motas de madeira, carrinhos de arame e mais e mais…

(os meus pais não gostavam muito da história do futebol nas estradas, devido aos perigos inerentes, mas eu sabia como finta-los!...) - não há a mais pequena dúvida que, a nossa memória é inimaginavelmente infinita, nunca te disseram ao ouvido?

(estou a escrever parte deste artigo, sentado num banco do Jardim Municipal, quando passa um carro politiqueiro a zombar, zombar…. apelando ao voto que, me tortura a paciência!) - durante os nossos encontros, temos sempre coisas novas para contar.

(pois, não há dias iguais na nossa vida, nem no mundo inteiro) - por vezes, falamos dos filhos o que fazem, onde trabalham, se vida lhes corre bem ou não, sobres os netos, - ai os netos!

- Que coisa tão maravilhosa e apaixonante!

(para quem os tem - está claro - eles têm as suas birras, nomeadamente, quando estão a brincar em grupo, compete naturalmente aos adultos controlar e corrigir).

- Bom, malta amiga!

- Temos um novo encontro marcado para o fim deste mês.

- Quem faltar à chamada tem falta de castigo - a vermelho!

- Oh, pá ... eu a falar de vermelho em plena campanha eleitoral?

- Talvez não seja muito aconselhável?

- O que acham?

Jorge Macedo