Desporto

Marítimo acusa Liga Portuguesa de Futebol Profissional de praticar "acto ilegal"

Tempo corre contra SAD verde-rubra que tem menos de 10 dias para apresentar recurso ao TAD

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Clue madeirense foi impedido de consultar processos de licenciamento durante dois dias

O Marítimo da Madeira Futebol SAD, através do presidente do Conselho de Administração, Rui Fontes, apresentou um requerimento ao Presidente, Directores Executivos e membros das Comissões de Auditoria e Técnica de Vistoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional para que se dignassem “admitir o direito legítimo de consulta dos processos de licenciamento de todas as sociedades desportivas elegíveis para participar na I Liga”.

Sabe o DIÁRIO que o fez atempadamente, a 21 de Junho último, num ofício em que pediu também que lhe fossem remetidos com carácter de urgência e por via electrónica, os pareceres da Comissão da Auditoria relativos a todas as entidades candidatas a disputar as Ligas Profissionais na próxima época desportiva, para assim no prazo de cinco dias se puder pronunciar na qualidade de cointeressada e no exercício do contraditório e do direito da audiência prévia.

Ora, para além de nada dizer ou enviar, a Liga fez saber através de telefonema feito segunda-feira passada pela Directora Executiva da Liga, Helena Pires, que a eventual consulta aos processos de licenciamento só poderia ocorrer a partir desta quarta-feira. Aliás, só hoje a Liga confirmou ao DIÁRIO que os clubes interessados podem consultar os processos de licenciamento.

Liga autoriza consulta dos processos de licenciamento

Questões colocadas domingo passado pelo DIÁRIO ao organismo presidido por Pedro Proença só hoje obtiveram resposta

Ricardo Miguel Oliveira , 05 Julho 2023 - 15:36

Segundo apuramos, o Marítimo discordou dos timings estabelecidos e acusa a Liga de praticar um “acto ilegal”, agravado por ocorrer no prazo de interposição de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto, subtraindo dois aos 10 dias dados por lei para o efeito. Contudo, a SAD verde-rubra faz saber, em nova missiva enviada ontem à Liga, que a violação dos elementares direito de defesa e do contraditório serão invocadas no tempo e local próprio, com grave prejuízo para todo o futebol profissional em Portugal”.

O Marítimo alerta ainda que os actos praticados e os documentos que fundamentaram as decisões de licenciamento das Comissões de Auditoria e Técnica de Vistoria da Liga são "invioláveis e intocáveis a partir de 30 de Junho, sob pena de cometer-se ilegalidades e, mesmo, a prática de crimes previstos na lei". E refere que alguns destes actos “lamentavelmente” já são públicos, como aliás demos conta na edição da passada segunda-feira.

Saiba mais durante esta tarde informativa e na edição de amanhã do DIÁRIO.