A Guerra Mundo

Zelensky e MNE britânico abordam em Kiev situação da invasão russa

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Foto AFP

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o chefe da diplomacia do Reino Unido, James Cleverly, abordaram hoje a situação da invasão russa da Ucrânia durante uma reunião em Kiev.

As duas partes aproveitaram a ocasião para falar também sobre os preparativos para a cimeira da NATO marcada para julho na Lituânia e a possibilidade de acabar com a guerra, segundo informou a agência espanhola Europa Press.

Zelensky agradeceu ao Reino Unido "toda a ajuda recebida no contexto da guerra" e afirmou sentir-se "extremamente grato pelo apoio recebido".

"Houve um diálogo direto e podemos chegar a acordos muito importantes", afirmou.

"Durante as últimas semanas, conversámos com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak", disse Zelensky, antes de destacar a importância da decisão do Reino Unido de entregar mísseis a Kiev e treinar pilotos ucranianos.

Zelensky afirmou ainda que "o agressor russo intensificou recentemente os seus ataques contra a Ucrânia, razão pela qual o país necessita urgentemente de reforçar os seus sistemas de defesa aérea", segundo indicou a Presidência ucraniana num comunicado.

"É importante falarmos da coligação [de mísseis] Patriot, e o Reino Unido faz parte dessas conversações", declarou o chefe de Estado ucraniano, recordando que as partes trocaram impressões sobre as expectativas da Ucrânia em relação à cimeira da NATO agendada para Vilnius para 11 e 12 de julho.

Para Zelensky, é importante "receber sinais claros de progresso no caminho para a adesão" à Aliança Atlântica, referindo que seria um "fator motivacional" para o exército ucraniano.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) britânico, James Cleverly, repetidamente argumentou que a Ucrânia tem o direito legítimo de se defender contra ataques da Rússia, que podem incluir ataques em solo russo.

No mês passado, o Reino Unido tornou-se no primeiro país ocidental a entregar mísseis de cruzeiro de longo alcance para a Ucrânia.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, aliados esses que também impuseram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra no território ucraniano.