A Iniciativa Liberal Madeira pronunciou-se hoje sobre a Comissão de Inquérito criada para analisar as declarações de Sérgio Marques ao Diário de Notícias de Lisboa.

“Na nossa perspetiva foram ditas coisas muito graves na Comissão de Inquérito. A sua existência e o modo como foi formada, bem como as audiências a que tivemos a oportunidade de assistir, são a prova provada da promiscuidade, de grupos económicos, com o poder”, refere o partido, em nota de imprensa.

Apontam que Luís Miguel de Sousa afirmou-se como um grande defensor do mercado aberto. Segundo o que disse, qualquer empresa pode agora exercer a sua actividade de operação portuária, bastando para isso ter o equipamento e os trabalhadores necessários. “Isto como se o Porto do Caniçal estivesse feito para ter espaço para mais do que um operador. Que viria de onde? Com que equipamentos e pessoal? A pergunta que se deveria seguir era saber da operacionalidade das instalações se isso acontecesse. Foi feita? Claro que não”.

Na informação hoje enviada à imprensa, o coordenador da Iniciativa Liberal aponta ainda ao empresário Avelino Farinha. “Eu nunca fui pedir rigorosamente nada (…). Os assuntos de trabalho temos os nossos administradores, temos os nossos directores, que tratam disso”, disse o empresário, à data, após dizer que recebera nessa manhã um telefonema do Secretário dos Equipamentos e das Infraestruturas. Declarações que comprovam ligação, ainda que não seja o empresário a tratar dos assuntos. "Porque tem quem o faça por si".

A IL Madeira refere ainda as respostas de Albuquerque à Comissão. “Das respostas de Albuquerque à Comissão não sabemos nada, mas Sérgio Marques reafirmou tudo o que disse na entrevista que desencadeou este processo. Não negou nada”.

De acordo com a Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira, “ficámos a saber que nem todos os documentos requeridos foram entregues. Não se ouviram todos os intervenientes que podiam, e deviam, ter sido ouvidos. Uma Comissão claramente manipulada do princípio até ao fim. Sem vergonha nenhuma”, concluem.