A Guerra Mundo

Ataques noturnos mostram que Moscovo está mais perto do fracasso, diz Zelensky

Número de mortes em ataque nocturno russo a zonas residenciais na Ucrânia causaram pelo menos 12 mortes

Foto DR/Ukraine Now/Telegram
Foto DR/Ukraine Now/Telegram

Os ataques noturnos russos na Ucrânia mostram que Moscovo está mais perto do "fracasso e da punição", disse hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pedindo ao mundo que responda às agressões russas.

"Todo o ataque, todo o ato maligno contra o nosso país e contra [o nosso] povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição", afirmou Zelensky na rede social Telegram.

"O terror russo deve obter uma resposta justa da Ucrânia e do mundo. E receberá", garantiu o Presidente ucraniano.

"Não esqueceremos nenhum crime" cometido no país, disse ainda Zelensky.

As autoridades ucranianas informaram que foram registados esta madrugada ataques russos a várias cidades ucranianas, causando pelo menos 12 mortos, tendo sido ativada a defesa aérea em Kiev.

"[Os mísseis] voltaram a matar civis em Dnipro. Uma mulher jovem e uma criança de três anos morreram", avançou o presidente da câmara da cidade, Borys Filatov, no Telegram.

As autoridades de Kiev disseram, também no Telegram, que ativaram os sistemas de defesa antiaérea na capital, pela primeira vez em quase dois meses, apelando aos residentes para se manterem abrigados.

Em Uman, uma cidade com cerca de 80.000 habitantes no centro do país, o porta-voz da polícia regional, Zoya Vovk, disse no Telegram que um míssil atingiu um prédio residencial de nove andares, provocando pelo menos seis mortos e 17 feridos, que estão a ser tratados nos hospitais da região.

"O ataque com mísseis [a Uman] foi lançado enquanto os civis dormiam. Típico de terroristas russos", escreveu no Telegram o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak.

O líder das Forças Armadas da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, disse num comunicado que as defesas do país conseguiram abater dois drones e 21 dos 23 mísseis lançados pela Rússia, incluindo 11 em Kiev.

Embora a Rússia tenha bombardeado regularmente cidades e infraestruturas ucranianas no inverno, os ataques massivos tornaram-se mais raros nos últimos meses.

A maior parte dos combates está agora a decorrer no leste, pelo controlo da região industrial de Donbass, incluindo a cidade de Bakhmut, que foi quase completamente destruída.