Madeira

Sindicatos da Madeira organizam manifestação no Funchal para assinalar 1.º de Maio

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Foto: Arquivo/DR

A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) anunciou hoje que vai promover uma manifestação no dia 01 de maio no Funchal, no âmbito da jornada de luta nacional organizada pela CGTP-IN para assinalar o Dia Internacional do Trabalhador.

"Os governos [da República e da região autónoma] não respondem aos problemas estruturais e as medidas que avançam são muito insuficientes", afirmou o coordenador da USAM, Alexandre Fernandes, em conferência de imprensa, no Funchal, após um plenário em que participaram representantes de 13 estruturas sindicais do arquipélago.

A manifestação agendada para o 1.º de Maio vai decorrer entre a Assembleia Legislativa e o Jardim Municipal, no centro do Funchal, a partir das 10:30, com intervenções políticas previstas para as 11:00.

Alexandre Fernandes disse que o objetivo é afirmar a "força" e a "indignação" dos trabalhadores, com a "exigência de aumento dos salários e pensões", bem como de "medidas imediatas de combate ao aumento do custo de vida, como a fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária sobre os lucros colossais das grandes empresas".

A USAM, que representa 80% das estruturas sindicais na região autónoma, defende também o "reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado e a garantia do direito à habitação".

"Perante a ausência de respostas aos problemas, os trabalhadores têm levado a cabo intensa luta nos locais de trabalho e nas ruas, sendo exemplo disso a grandiosa manifestação no dia 18 de março", realçou Alexandre Fernandes.

O sindicalista reconheceu, no entanto, que a mobilização de trabalhadores para ações de protesto na Madeira é "difícil", sobretudo devido à precariedade dos vínculos laborais.

"Os trabalhadores têm demonstrado a sua vontade, o seu querer, a sua motivação para a luta, mas, de facto, os dias difíceis que vivem torna difícil a sua presença na rua neste momento", disse, realçando, no entanto, que a USAM perspetiva uma "grande jornada de luta" para o dia 01 de maio.