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Costa quer atrair para Portugal produção europeia de semicondutores

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FOTO MIGUEL A. LOPES/LUSA

O primeiro-ministro afirmou hoje que um dos objetivos da sua visita à Coreia do Sul é atrair investimento de multinacionais sul-coreanas para a produção europeia de semicondutores e defendeu que autonomia estratégica económica não significa protecionismo.

Esta posição foi transmitida por António Costa no final de uma visita a uma das fábricas da multinacional sul-coreana SK Hynix, empresa que ocupa a terceira posição no ranking mundial de produtores de semicondutores.

A fábrica visitada por António Costa, a cerca 60 quilómetros de Seul, representou, segundo dados da empresa sul-coreana SK Hynix, um investimento de cerca de 100 mil milhões de euros e tem vastas áreas de produção completamente automatizadas.

Tendo ao seu lado os ministros da Economia, António Costa Silva, da Ciência e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e das Infraestruturas, João Galamba, o líder do executivo português voltou a advogar a necessidade de Portugal acompanhar o movimento mundial de reorganização das cadeias de valor face ao atual quadro de instabilidade na economia internacional.

"Há uma necessidade de diversificação das cadeias de produção de alguns bens essenciais e os semicondutores são hoje fundamentais para tudo", sustentou, antes de apontar como exemplo o facto de a paralisação da produção na China a partir do início de 2020 - devido à pandemia da covid-19, - ter bloqueado uma série de indústrias à escala global.

Por esta razão, de acordo com o primeiro-ministro, Portugal tem procurado "manter um diálogo com o grupo SK, tendo em vista atrair para o país a produção europeia de semicondutores".

"Neste conceito de autonomia estratégica que se tem vindo a desenvolver na Europa, Portugal tem tido uma posição muito clara sobre o significado deste conceito. Autonomia estratégica significa não ficar dependente de outros, mas não significa fecharmo-nos sobre nós próprios. Queremos atrair investimento direto estrangeiro, designadamente sul-coreano, para se produzir na Europa aquilo que a Europa necessita", acentuou.