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Esperámos sentados… e ainda bem

No passado dia 03 de abril a edição impressa do jornal Público trazia na capa que “Norte e Madeira estão no “top 3 das regiões da UE que mais progrediram”, segundo o Índice de Competitividade Regional.

No seu interior, na notícia alusiva ao tema, dizia-se que “a terceira região que mais progrediu na sua competitividade regional é a que inclui a capital da Polónia, que se vê, no entanto igualada em termos de progressão pela região ultraperiférica da Madeira.” A notícia mencionava ainda uma conclusão negativa: os Açores estão a divergir das restantes regiões europeias.

Nesse instante, recordámos as diversas circunstâncias em que a oposição refere o exemplo dos Açores. Na sua retórica, não há nada que seja menor ou negativo naquele território quando comparado com a Madeira. No entanto, apesar dos sucessivos esforços da governação do PSD desde 2020 no referido arquipélago dos Açores, o que a oposição diz não é verdade.

Desde o número de beneficiários de RSI, até ao número de população ativa e beneficiários de outras prestações sociais, os números açorianos são piores do que os madeirenses. Como é evidente, nenhum regozijo ou felicidade advém de tal constatação. Mas, de facto, os 24 anos de governação autonómica do Partido Socialista no referido arquipélago não trouxeram aquilo que alguns dizem ter trazido. Prova disso é este índice. No referido território, no tempo em apreço - 4 anos sob a governação de Vasco Cordeiro e 2 de Bolieiro - os Açores não só não convergem como “cavaram” ainda mais o fosso para as restantes regiões europeias.

Aguardámos, interessados, para ver o que diriam sobre o referido índice. Como reagiriam? Tanto para felicitar as políticas adotadas ou criticá-las. Apresentariam o que teriam feito diferente?

Nesse e nos restantes dias, fizeram tábua rasa dessa informação. Nada disseram. Cansados, passámos a esperar sentados. E ainda bem. À sua espera não nos sentávamos há uma semana.

Todos podemos ter opiniões divergentes, propostas, sonhos e caminhos alternativos para o futuro da Madeira. No entanto, há duas coisas que nunca se podem perder: o orgulho de atingir uma marca de relevo em qualquer domínio que faça da Madeira uma referência e um caso de sucesso; o discernimento de perceber que uma coisa são as nossas convicções e outra é a realidade dos factos.

O silêncio da oposição nesta matéria, para quem anuncia vir para a política fazer diferente, é um mero sinal de que nada mais lhes importa a não ser a sua verdade, postura e permanência no poder, esquecendo e ignorando que as conquistas da Madeira são conquistas dos madeirenses- que advêm do seu trabalho, sacrifício e esforço diário. Que os madeirenses não se esqueçam disso quando forem votar. Do seu esforço e de quem não o reconhece.