A Polícia de Segurança Pública já abriu este ano mais de 130 processos-crime por condução sob efeito de álcool na Madeira. Os números foram revelados esta manhã, à margem da apresentação da sinistralidade rodoviária de 2022 no Comando Regional da PSP.

Segundo explicou o comandante Luís Simões, 107 destas detenções ocorreram em flagrante delito. Em dois meses e meio foram feitas também 41 detenções e abertos 44 processos por condução sem habilitação legal para o efeito, havendo registo ainda de 14 crimes de desobediência, quase todos relacionados com a condução quando estão impedidos de o fazer.

O comandante da Polícia de Segurança Pública afirma que “os dados da sinistralidade na Região continuam a ser preocupantes”.

Relativamente a 2022, a PSP registou um total de 3.127 acidentes nas estradas da Madeira, mais 218 acidentes do que em 2021, sendo que em 888 desses acidentes existiram vítimas, havendo também um aumento no número de vítimas face ao ano anterior.

No último ano 1.069 pessoas ficaram feridas em consequência de acidentes (mais 17 relativamente ao ano anterior), havendo ainda registo de 15 vítimas mortais (mais 2 mortos que em 2021).

Luís Simões refere que a condução sob efeito de álcool, a velocidade, o uso do telemóvel ao volante e as distrações do condutor estarão na origem da maior parte dos acidentes, motivo pelo qual irá manter um reforço na fiscalização rodoviária.

Aproveitou a ocasião também para lembrar que a polícia “não faz perseguição às motas”, mas que a verdade é que os motociclistas continuam a ser uma percentagem significativa das vítimas, sendo quase um terço dos feridos graves e mais de um quarto das vítimas mortais.

Na apresentação dos dados, feita também pelo comissário João Góis, esteve presente a directora regional da Economia e Transportes, Isabel Catarino, que destacou a importância de ensinar as regras de segurança na estrada aos mais pequenos porque “são os condutores de amanhã”.

Isabel Catarino adiantou ainda que é pretensão da Direção Regional da Economia e Transportes Terrestres criar um Plano Regional de Prevenção Rodoviária, o que pretende que seja uma realidade já em 2023.