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Madeira

Bloco aponta que programa de Governo não responde à crise da habitação na Madeira

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O Bloco de Esquerda teceu hoje duras críticas ao Programa de Governo ontem aprovado, nomeadamente no que diz respeito à área da habitação. O partido indica que este documento não só "não responde ao problema da habitação como a agrava pois não há no programa de Governo qualquer medida para travar a especulação imobiliária nem o crescimento desenfreado do alojamento Local (AL)".

Numa iniciativa realizada esta manhã, a coordenadora regional do partido afirmou que "não há qualquer resposta para as 4.300 famílias que estão inscritas no IHM (Investimentos Habitacionais da Madeira), a aguardar uma casa, algumas há décadas". 

Não responde às centenas de famílias da classe média que correm o risco de perder a sua casa devido ao brutal aumento das taxas de juro e, como sabemos, também não responde à juventude dado que as candidaturas para habitação a preços controlados superam em muito as 600 casas que o governo regional tem previsto construir com o dinheiro do PRR, que como sabemos é dinheiro da Europa. Dina Letra

Dina Letra considera que o que se passa na habitação na Madeira é dramático para o presente e o futuro dos madeirenses "e é fruto da irresponsabilidade de um partido que sempre governou o arquipélago, portanto não pode dizer que a culpa é dos outros, e que há mais de 2 décadas não tem qualquer iniciativa nesta área. Foi este Governo que CDS e PAN resolveram perpetuar por mais quatro anos".

O Bloco de Esquerda propõe medidas concretas como o fim imediato dos vistos gold, "que só têm promovido a especulação imobiliária. Todos os meses, o preço da habitação sobe na Região. Só para dar um exemplo: comprar casa no Funchal custa mais de 3.000 euros o m2 e tudo isto é um desastre para os madeirenses que não conseguem encontrar uma casa que o seu salário possa pagar".

Além disso, pretendem a fixação de um tecto máximo para as rendas e a limitação ao AL "para que a ganância dos senhorios, muitos deles empresas a operar neste sector, não deixem famílias sem tecto, famílias que sempre pagaram a sua renda".

"Defendemos uma moratória à construção de hotéis e de habitação de luxo porque vivemos numa ilha e a prioridade dos solos urbanizáveis deverá ser para a construção de habitação que os madeirenses possam pagar com o seu salário", explica.

"As casas não são um negócio, são para as pessoas viverem e o Bloco de Esquerda defenderá sempre o direito constitucional dos madeirenses a uma habitação condigna e que o seu salário possa pagar", terminou.