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Novos balanços indicam mais de 430 mortos em ataque e retaliação em Israel

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Mais de 200 pessoas morreram hoje em Israel na ofensiva do Hamas, enquanto pelo menos 232 palestinianos morreram em Gaza devido aos ataques aéreos israelitas, segundo os mais recentes dados confirmados por fontes médicas, citadas por agências internacionais.

O número de feridos na Faixa de Gaza subiu para 1.697, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, e em Israel subiu para 1.100, segundo os serviços de emergência, citados pela agência Efe, na sequência da ofensiva surpresa que o Hamas lançou hoje de manhã contra Israel por terra, mar e ar, e da resposta que se seguiu.

"Os hospitais na Faixa de Gaza receberam até agora 232 mártires e 1.697 pessoas com vários ferimentos resultantes da agressão israelita", afirmou o Ministério da Saúde palestiniano, num comunicado citado pela agência France-Presse.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islâmico Hamas, acusou as forças israelitas de atacarem deliberadamente pessoal médico e hospitais, matando três profissionais de saúde, ferindo outros três e destruindo cinco ambulâncias.

Desde manhã, continuam os ataques aéreos de Israel em Gaza e o lançamento de mais de 3.000 foguetes pelas milícias palestinianas contra o território israelita, onde ainda há centenas de membros das milícias de Gaza que lutam com as forças israelitas em mais de 20 pontos do território de Israel, segundo um porta-voz do Exército.

Fontes palestinianas referiram que pelo menos cinco edifícios foram destruídos em Gaza pelos bombardeamentos israelitas e que os hospitais estão em estado de emergência devido à situação.

Milhares de civis de cidades no norte da Faixa de Gaza, como Beit Hanoun, Jabalia ou Beit Lahia, foram retirados e fugiram para a Cidade de Gaza, para serem alojados em escolas geridas pela agência das Nações Unidas para refugiados palestinianos devido aos duros confrontos.

De acordo com estimativas locais, o número de milicianos que ainda se encontram atualmente em Israel é muito superior ao número fornecido pelas autoridades israelitas, podendo haver centenas ou mesmo mais de mil membros das brigadas Al Qasam, um braço militar do Hamas, ou do braço armado do grupo Jihad Islâmica.

Os elementos milicianos mataram soldados israelitas, mantiveram residentes como reféns em cidades israelitas próximas da Faixa de Gaza e raptaram cerca de 50 pessoas, segundo fontes de Gaza e vídeos divulgados nas redes sociais, com a captura de soldados, civis e também imigrantes asiáticos.

Saleh al-Arouri, alto responsável do movimento islâmico Hamas, garantiu que os milicianos conseguiram capturar "altos elementos do Exército israelita", entre os quais poderia estar um general.

"O que começou não é uma operação, mas uma batalha que irá expandir-se, intensificar-se e aprofundar-se", alertou Al-Arouri.

O porta-voz do grupo Jihad Islâmica em Gaza, Daoud Hishab, garantiu que "todos os cativos nas mãos dos grupos de resistência serão detidos até à libertação" dos prisioneiros palestinianos das prisões israelitas. Ao mesmo tempo, disse, entre os sequestrados também estão mulheres e menores.

O principal porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, fez a primeira confirmação oficial de que as milícias palestinianas fizeram reféns israelitas dentro de Gaza e garantiu que também houve soldados mortos nos combates, embora não tenha especificado números.

O grupo islâmico Hamas lançou hoje um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que Israel está "em guerra" com o Hamas.

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação no Médio Oriente e a questão palestiniana realiza-se no domingo, na sequência deste novo conflito entre Israel e o Hamas, anunciou hoje em comunicado a Organização das Nações Unidas (ONU).