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PCP diz que mudança pedida por Marcelo exige "opções políticas concretas"

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Foto Global Imagens

A líder parlamentar do PCP considerou hoje que "a questão da mudança que foi colocada pelo próprio Presidente da República exige opções políticas concretas" para dar resposta a problemas em áreas como a saúde, educação ou habitação.

"Registamos no discurso do senhor Presidente da República uma consideração genérica relativamente aos problemas mais gerais, quer do ponto de vista nacional, quer do ponto de vista internacional. Mas a questão da mudança que foi colocada pelo próprio Presidente da República, isso exige opções políticas concretas para dar resposta às questões mais prementes com as quais estamos confrontados neste momento no nosso país", considerou.

Paula Santos falava aos jornalistas no final da cerimónia comemorativa do 113.º aniversário da Implantação da República, que decorreu na Praça do Município, em Lisboa, e na qual intervieram o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A líder parlamentar comunista considerou que alguns "problemas concretos" estiveram ausentes da intervenção do chefe de Estado, tal como "a necessidade do aumento dos salários e das pensões para que os trabalhadores, os reformados, possam melhorar as suas condições de vida" ou "respostas concretas no quadro da saúde, no quadro da educação, no quadro da habitação".

"Problemas prementes sentidos pela generalidade da população e sobre os quais o PCP tem apresentado um conjunto de soluções para ultrapassar estas dificuldades", realçou.

Sobre o anúncio feito hoje pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, de que a cidade vai festejar "com uma grande iniciativa o 25 de Novembro" de 1975, além do 25 de Abril de 1974, "porque todas as datas contam", Paula Santos respondeu que o que "trouxe efetivamente o caminho de progresso, de conquista, a liberdade, a democracia, foi o 25 de Abril", considerando que esta "é a data preponderante".

Questionada sobre se o PCP vai participar nesta iniciativa anunciada por Carlos Moedas para assinalar o 25 de Novembro de 1975, Paula Santos respondeu que o partido "participará nas cerimónias do 25 de Abril e, naturalmente, da valorização desta data, porque esta foi a data que significou progresso".

"Naturalmente não poderemos compartilhar a perspetiva que foi aqui colocada relativamente ao 25 de Novembro", acrescentou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou hoje que as instituições internacionais e portuguesas ou "mudam a bem ou mudarão a mal", ou seja, "tarde e atabalhoadamente", numa intervenção na qual também defendeu que é possível ter "democracias mais fortes" caso não se opte por "esperar para ver", pedindo reformas "a sério".