A Guerra Mundo

Batalhão Azov converte-se em brigada separada das Forças Armadas

None
Foto STRINGER / AFP

O fundador do Batalhão Azov, Andrey Biletsky, anunciou hoje que o regimento paramilitar que lidera tornou-se oficialmente uma brigada separada das Forças Armadas Ucranianas.

"O Batalhão Azov é agora uma Terceira Brigada de Assalto separada das forças terrestres das Forças Armadas da Ucrânia. O nosso caminho começa na direção mais difícil: em Bakhmut", disse Biletski na conta pessoal na rede social Telegram.

"A batalha decisiva nesta guerra ainda está por vir", disse Biletski, que garantiu que o comando militar lhes impôs "novas responsabilidades" e salientou que o Batalhão Azov está a "preparar muitas surpresas" para os soldados russos, para quem o inverno "será quente".

Biletski prometeu que "a evolução" do batalhão dentro das Forças Armadas Ucranianas continuará, salientando que são agora a "terceira brigada de assalto separada das Forças Terrestres das Forças Armadas da Ucrânia".

"As nossas bandeiras simbolizam a durabilidade das tradições do Estado ucraniano: desde a época principesca até ao período cossaco, as primeiras lutas de libertação até hoje", lê-se na mensagem.

A presença deste batalhão e a categoria de regimento de reservista concedida pelo Governo de Kiev têm sido controversas devido à origem de muitos dos seus dirigentes, reconhecidos supremacistas brancos, como o próprio Andrey Biletski, que serviu na alegada cruzada de Moscovo para 'desnazificar' a Ucrânia.

O batalhão nasceu em 2014 como um movimento de resistência contra as forças pró-Rússia na região de Donbass. 

Considerado como organização terrorista pelo Supremo Tribunal da Rússia, este esquadrão paramilitar participou ativamente na batalha de Mariupol, embora tenha acabado por cair, apesar das tentativas de resistência nas instalações da siderúrgica de Azovstal.