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Ramstein

O grupo envolve 50 nações aliadas. Realizou sexta-feira o mais recente dos seus encontros. Na base americana de Ramstein, na Alemanha. Entre outros assuntos de relevo estava a questão do envio para a Ucrânia de tanques “Leopard 2”, de produção germânica. Armamento que carece de autorização do fabricante para ser cedido.

Está para fazer um ano desde que Putin e os seus servos acharam que podiam atravessar a fronteira e roubar um país ao seu povo. Os ucranianos aguentaram e não cedem complicando a vida aos agressores imperialistas. Mas a resistência tem limites, sobretudo para quem combate de forma desigual.

Por causa disso Zelensky tornou pública a sua apreensão para com o estado do conflito, reclamando que a sua pátria e o seu exército estavam com dificuldades para lutar em pé de igualdade com os russos e a corja de selvagens que com eles pelejam. Reafirmando a tese de que sem material bélico satisfatório não é possível se opor à potência hostil que os ocupou, destruiu e martirizou.

A reunião propunha-se desatar um nó. Já que alguns dos presentes manifestaram disponibilidade para ceder os tanques e forçar os alemães a fazer o que, afinal, receiam. Mas a Alemanha não parece convencida. Ainda. E adiou a decisão.

Ora, numa guerra não há tempo para ter tempo. Porque, entretanto, muitas pessoas vão morrer, o genocídio vai prosseguir, a devastação é cada vez maior e o aniquilamento do país pode acontecer. Afinal os ucranianos estão a combater por todos os europeus. Eles a sofrer e nós sentados em casa, no quentinho. O mínimo que temos o dever de fazer é conceder-lhes o que precisam, para que possam aguentar a invasão e recuperar o território que é seu. E, amanhã, já pode ser tarde.