Luís Amado, que arrancou a sua actividade política na Madeira na década de 1980, tendo passado pela vereação da Câmara do Funchal e pela Assembleia Legislativa, ocupa a sétima posição do ranking elaborado pelo jornal Expresso dos políticos que mais tempo passaram no governo do País.

Feitas as contas, o político que nasceu em Porto de Mós, no distrito de Leiria, em 1953, esteve 4.639 dias em cargos de governação. Está apenas a três dias da personalidade que ocupa a sexta posição da tabela, José Sócrates e a cinco de José Mariano Gago, já falecido, e que ocupa a quinta posição.

Luís Amado foi chamado pela primeira vez para o Governo em 1995, após a vitória do PS de António Guterres, nas Legislativas daquele ano que acabaram com as maiorias social-democratas, que contavam já 10 anos. Ocupou o cargo de secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Alberto Costa. Passados dois anos é transferido para o Palácio das Necessidades, onde é empossado como secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. Era ministro o açoriano Jaime Gama, que não consta na tabela do Expresso.

Sai da cena governativa com a queda do segundo governo de Guterres, que dá lugar a Durão Barroso na chefia do executivo. Regressa pouco tempo depois, em 2005, com a maioria absoluta alcançada por José Sócrates, que o nomeia ministro da Defesa Nacional, lugar que ocupa até Julho de 2006. Passa depois para a chefia da diplomacia portuguesa, até a queda do governo em Junho de 2011.

A lista elaborada pelo Expresso coloca António Costa na primeira posição. Contabiliza 5.757 dias como governante, num percurso iniciado também em 1995. Apenas uma personalidade, nas dez, pertence a governos do PSD.

Luís Amado é o único político oriundo da Madeira com longevidade em governos nacionais. Os restantes três (Baltasar Gonçalves, Correia de Jesus e Bernardo Trindade) tiveram passagens muito menos expressivas no Terreiro do Paço.