Desporto

GR criou “todas as condições” para que os clubes possam ter desempenho positivo

Jorge Carvalho não prevê qualquer alteração ao modelo de financiamento

None

Para já o Governo Regional não pondera alterar o modelo de financiamento ao futebol profissional, mas vai avisando os clubes que da parte do financiamento público estão criadas todas as condições para que Marítimo e Nacional tenham desempenhos positivos nas respectivas competições, I é II Liga de futebol.

Jorge Carvalho, secretário regional com a tutela do Desporto, ao ser questionado sobre eventual alteração na política de apoios ao futebol profissional, face ao (muito) mau desempenho dos dois clubes madeirenses no futebol profissional – ambos ocupam o último lugar nos respectivos campeonatos - respondeu: “Em princípio não está previsto qualquer alteração ao modelo de financiamento até porque, recordo, correspondendo às expectativas legítimas dos clubes, particularmente dos clubes profissionais de futebol, o Governo Regional estabeleceu um contrato-programa de legislatura para quatro anos. Portanto, os clubes deixaram de todos os anos ter dúvidas sobre que valores é que iriam receber para a época seguinte, para antecipadamente saberem que durante aqueles quatro anos todas as épocas iriam receber aquele valor. Inclusive alterou-se também a fórmula em que esse valor era apurado em função da classificação e passou apenas a ser tão só pela participação na respectiva competição”, lembrou.

Dito isto, acrescentou que estão assim criadas “todas as condições para que, do ponto de vista dos apoios os clubes, possam ter um desempenho positivo”, afirmou em jeito de aviso.

Quanto ao resto, deixou claro que “opções de gestão e opções técnicas, o governo não tem qualquer intervenção nessa matéria”. Diz mesmo que as opções de gestão interna dos clubes “são legítimas” e por essa razão o governo não deve interferir.

Jorge Carvalho só espera que “resolvidas essas questões de gestão interna, os clubes possam novamente trilhar caminhos de sucesso”.

Já quanto à oportunidade para ‘desenterrar’ a outrora famigerada ideia de Clube Único, Jorge Carvalho deixa claro que da parte da administração pública essa questão já não se coloca.

Essa questão não se coloca do ponto de vista da administração”. Lembra que “em tempos, quando surgiu essa possibilidade, estavam envolvidos tanto a administração pública como os próprios clubes, mas neste momento, pelo menos da nossa parte, essa possibilidade não se coloca. E parece também que dos clubes não há esse interesse em reflectir sobre isso", concluiu.

Interesse há é em manter a Região representada na I Liga do Futebol Profissional. Jorge Carvalho não nega que este início de época “fosse muito mais positivo”, até porque, “todos temos interesse em manter uma representação da Região ao mais alto nível”, concretizou.