As senhoras da Saúde

Este, o quadro de excelência dos três primeiros meses da pandemia Covid-19 e da “competência” ministerial evidenciada numa prática de declarações que se contradiziam sucessivamente e que, pela gravidade que evidenciavam de desacerto, teriam imposto a necessidade de imediata substituição da ministra e da directora-geral.

Finalmente, no princípio desta semana, foi noticiado que a Dr.ª Marta Temido, ministra da Saúde, apresentou demissão do cargo ministerial.

Tal facto, suscitou várias manifestações: umas, de alguma gente socialista, de exaltação da Dr.ª Marta Temido; outras, várias, de sectores diversos do campo político, de verberação do seu exercício governamental. Por mim, direi que esta demissão é tardia e precedida de uma cadência de acontecimentos muito lesivos do tecido social e que atingiu, sobremodo, a sobrevivência de milhares de cidadãos da terceira idade.

Entretanto, face à demissão agora anunciada, o chefe do governo colocou o ministério da Saúde, o Governo e a Nação em lista de espera. Pergunta-se: Que espera? O que vem aí, em substituição da senhora Temido?

Os danos causados por uma desastrada orientação política e nefasta actuação administrativa, desenvolvidas pela demissionária ministra, já são muito avultados e justificariam uma rápida solução no funcionamento do Ministério da Saúde.

Porém, o chefe do governo assobia para o lado e põe o País em pausa de espera por algo que nem sequer é exposto ao público.

Brasilino Godinho