Os acordos entre a Madeira e os Açores no que toca ao mar e às pescas vão levar à 'importação' de conhecimento e da experiência que a Madeira possui na área da aquacultura, onde os arquipélago vizinho está a dar os primeiros passos.

A par disso, o modelo de registo do pescado em lota aplicado na Madeira vai ser adoptado pelos Açores, de modo a aprimorar as quantidades pescadas para acertar as quotas e "decidir em conformidade" com o "máximo de informação". 

Isso mesmo deu conta o secretário regional do Mar e Pescas dos Açores, esta tarde, após uma visita à Lota do Funchal, no âmbito da Cimeira Insular que junta os executivos das duas regiões, no início desta semana, na Madeira. 

Manuel São João entende que "são os Açores e a Madeira que dão dimensão atlântica a Portugal", situação que leva os governos insulares a "não baixar os braços", reforçando o "articular de posições" que não é novo. 

Pedindo "concertação", o governante açoriano com a pasta do Mar e das Pescas exige "uma presença das Regiões Autónomas nos organismos de decisão", notando que, no caso dos Açores, "havia alguma promiscuidade" na nomeação de representantes regionais nos organismos nacionais e internacionais. 

"Os Açores e a Madeira irão, juntamente com a Secretaria de Estado das Pescas, ir junto da Comissão Europeia e fazer-se ouvir. É isto que, neste momento, achamos que deve ser feito", referiu Manuel São João, deixando claro que em causa está "uma questão não de resultados, mas de processos", comprometendo-se em accionar todo um processo que passa pela defesa das Regiões Autónomas. 

Os acordos entre as duas regiões vão passar, também, pela troca de informação no que respeita à inspecção na área das pescas.