Comunidades Madeira

Retoma económica em Saint Helier vem acompanhada da falta de mão-de-obra

O director regional das Comunidades verifica 'in loco' os problemas dos emigrantes madeirenses

Visita a cidade de Saint Helier com o Mayor Simon Crowcroft.
Visita a cidade de Saint Helier com o Mayor Simon Crowcroft., FOTO DR

Foi um dia com uma agenda bem preenchida. Este sábado, no segundo dia de visita a Jersey, o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, aproveitou para estar com a Comunidade. Visitou 12 empresas de madeirenses, esteve no mercado de Saint Helier, onde contactou com dezenas de comerciantes oriundos da Madeira, e terminou o sábado no Portuguese Food Festival.

O dia começou bem cedo para Rui Abreu, que aproveitou o sábado para visitar as várias artérias da cidade de Saint Helier, juntamente com o presidente da Câmara Municipal local, Simon Crowcroft.

“Visitei vários negócios da comunidade madeirense, e o que vi deixou-me muito satisfeito”, disse Rui Abreu, continuando: “São sinais importantes e consolidados de uma retoma e crescimento económicos, após dois anos de pandemia muito difíceis”.

No entanto, apesar da retoma, a atual conjuntura apresenta alguns desafios. “Existe uma grande falta de mão-de-obra em áreas como a hotelaria, restauração e construção civil”, explicou Rui Abreu, acrescentando que o Brexit também veio dificultar a entrada de nova mão-de-obra no Reino Unido.

Rui Abreu e Simon Crowcroft depararam-se inclusive com um negócio em Saint Helier encerrado devido a falta de funcionários.

“A falta de mão-de-obra é uma das grandes preocupações dos nossos empresários e comerciantes”, referiu, frisando que em Jersey, comenta -se a necessidade de o Reino Unido rever as leis da imigração, para que situações como estas não subsistam.

“À nossa Direção Regional [das Comunidades] chegam madeirenses que querem emigrar para o Londres ou para Jersey, mas com o Brexit, o processo de emigração tornou-se mais complexo e moroso, uma vez que o Reino Unido já não pertence à União Europeia e consequentemente deixou de haver uma livre circulação de pessoas, bens e serviços”, explicou o governante.

Rui Abreu, referiu que por ser um processo migratório mais complexo, algumas pessoas continuam a emigrar para a Grã-Bretanha, enquanto outras optam por outros destinos.