A Polónia assinou um contrato de venda de armas à Ucrânia de cerca de 700 milhões de euros, a maior exportação de armamento polaco dos últimos 30 anos, anunciou hoje o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.

Segundo o chefe do Governo, que falava aos jornalistas acompanhado do ministro da Defesa e do vice-primeiro-ministro à margem de uma visita à fábrica de armamento de Stalowa Wola (sul), acrescentou que o acordo foi assinado durante a sua visita a Kiev, em março.

Entre o material a enviar para a Ucrânia estão 56 canhões autopropulsados Krab de 155 milímetros, com um alcance de 40 quilómetros, 18 dos quais já foram entregues na semana passada, disse o ministro da Defesa, Mariusz Blaszczak.

Morawiecki explicou que parte das verbas com que a Ucrânia pagará estas armas provêm das ajudas económicas que a União Europeia (UE) disponibilizou para ajudar Kiev.

O primeiro-ministro destacou ainda a importância crescente da indústria de armamento, que é uma "prioridade máxima" para a Polónia, e exemplificou com o caso da fábrica de Stalowa Wola, que forneceu encomendas no valor de mais de 1.300 milhões de euros ao Exército polaco nos últimos seis anos.

O ministro da Defesa disse por seu lado que a artilharia desempenha um papel importante na guerra da Ucrânia, pelo que é esse o armamento de que o exército ucraniano mais precisa.

Confirmou também a possível exportação de unidades adicionais de lança-mísseis antiaéreos "Piorun" ("relâmpago"), de fabrico polaco, para Kiev.

Segundo o diário polaco "Dziennik Gazeta Prawna", as vendas anunciadas hoje deverão completar-se "em poucos meses" e é provável que o Governo norte-americano se encarregue de fornecer as correspondentes munições.