Albuquerque quer abrir Marina do Lugar de Baixo
O Presidente do Governo Regional explicou esta tarde que a próxima etapa da Marina do Lugar de Baixo passa por “renaturalizar o espaço” sem estar a “meter milhões e milhões de euros” na infra-estrutura onerando ainda mais o contribuinte.
A vontade do chefe do Executivo madeirense é abrir ao público retirando os elementos mais perigosos [materiais ferrosos e tapumes] mas sem acesso ao usufruto balnear por ser “perigoso”, disse, realçando que esse investimento não será concretizado ainda este ano.
As palavras do governante confirmam a notícia veiculada recentemente pelo DIÁRIO no qual indicava que o Governo encomendara um estudo para viabilizar o equipamento.
Miguel Albuquerque diz que só depois de concluído o estudo é que poderá se pronunciar, de qualquer modo assegurou que não será “aceitável” que os madeirenses arquem com o peso de uma factura que atinge os 100 milhões de euros.
De resto garantiu que o continua em litígio entre o Governo e a empresa que efectuou os estudos técnicos que apontavam como seguro a construção da marina.
As declarações de Albuquerque aconteceram durante a visita ao “1905 Zino’s Palace”, um estabelecimento de alojamento local situado no Lugar de Baixo.
A unidade é gerida pela sociedade Tecnovia Madeira - Sociedade de Empreitadas, S.A.
Trata-se de um estabelecimento de alojamento local na modalidade de unidade de hospedagem.
O administrador da empresa revelou que a actividade, oficialmente, a 12 de Fevereiro de 2020 (muito pouco antes da pandemia) e é composto por 9 unidades de alojamento, todos do tipo quarto duplo, totalizando 18 camas.
O secular palacete, totalmente renovado, tem um total de nove quartos, distribuídos por três pisos. São três quartos duplo superior com vista para o mar, dois quartos duplo clássico, dois quartos duplo acolhedor e duas suítes vista mar.
Os quartos estão equipados com casa de banho, mini-bar, chaleira, secador, cofre e há opções de pequeno-almoço continental e buffet, disponíveis diariamente no hotel.
Conta com restaurante, piscina aquecida, bar e um pátio grande, com zonas de esplanada.
O Palacete e a Capela anexa, a Capela de Santo António, foram construídos no final do século XIX com a finalidade de serem usados como casa de verão da família Zino, aproveitando o excelente clima da zona. Mais tarde, o edifício chegou a ser utilizado pelo Estado como Escola Prática Elementar de Agricultura da Madeira — e depois como uma Escola Primária.
O espaço foi abandonado em 1976, mas em 2002 o governo regional decidiu recuperá-lo, equipando-o de modo a poder receber eventos. Nessa altura deixou de ser identificado como Palacete dos Zinos e foi rebatizado como Palacete do Lugar de Baixo.
Esta obra esteve a cargo da Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste e teve por objetivo a recuperação do Património da Região.