A geração dos “Pais sem filhos” e dos “filhos sem Pais”!

A geração dos “Pais sem filhos” e dos “filhos sem Pais”!

“Vivemos”, se é que assim possamos considerar esta triste e penosa realidade, tempos em que precisamos, mais do que tudo e tão só, de Tempo!

“Vivemos” engolidos pelos dias, pelo passar dos mesmos e vamos definhado enquanto “seres humanos”!

Tornamo-nos “máquinas”, ou quase muito próximo disso. Esquecemos, lá atrás, os sentimentos, a compaixão, a solidariedade e os demais princípios que nos deveriam nortear!

De quando em vez, temos pequenos fogachos que nos fazem reacender a esperança de uma amanhã melhor, mas não passa disso!

Passamos a viver única e exclusivamente a nossa “individualidade”, a reboque daquilo que a sociedade nos vai impondo nos seus mais diversos contextos.

A mesma Sociedade que nos tem e vai moldando ao ponto dessa exacerbação do “EU” em substituição do “NÓS”.

Hoje em tudo, ou quase tudo, que fazemos somos “obrigados” a olhar em primeiro lugar para o nosso umbigo!!!!

No trabalho, por exemplo, a individualização, feroz, dos objectivos, vai destruindo lentamente o que de mais diferenciador existia na empresa, as pessoas, o seu espírito de equipa, o sentimento do bem comum, do bem-estar Global!

Tudo isso se tem vindo a perder, dizem, por culpa das máquinas!

Ou seja, por nossa culpa!

Pois deixamos de ser pessoas e passamos a funcionar tal e qual as máquinas, passamos a estar “programados” com um relógio interno que comanda, e desmanda os valores éticos e morais, o nosso dia a dia.

Tudo tem um “script”, horários para os “outbounds”, para os “inbounds”, para os “briefings”, para os “debrifiengs”, para os “teams” e seus afins!

Não sobra tempo para mais nada!

O tempo que não existe, limita os sonhos da parentalidade e os que já o concretizaram, dão por si, não raras vezes, a não ter tempo para os filhos!

A geração dos “Pais sem filhos” e dos “filhos sem Pais”!

Celso Nuno Sá