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Bolsas e euro em queda após anúncio de subida das taxas de juro

Foto Shutterstock
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A bolsa de Lisboa encerrou hoje em queda, com o índice PSI a recuar 3,39% para 6.087,96 pontos, em linha com as principais bolsas europeias, na sequência do anúncio de subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).

Todas as 15 cotadas que integram o PSI fecharam a sessão em queda, com o BCP a liderar as perdas, ao recuar 11,33%, para 0,17 euros. Entre as principais descidas figuram ainda a Greenvolt, que desvalorizou 6,67%, para 7,00 euros, os CTT, que cederam 6,50%, para 3,45 euros, e a Altri, que fechou a cair 4,18% para 6,18 euros. Numa sessão marcada pelo fecho no 'vermelho' de todas as cotadas do índice PSI, um grupo de quatro empresas registaram descidas acima de 3%, nomeadamente, a Semapa (-3,62% para 14,36 euros), Galp (-3,31% para 12,40 euros), Navigator (-3,30% para 3,86 euros) e Mota Engil (-3,03% para 1,28 euros).

No resto da Europa, Madrid retrocedeu 3,68%, Frankfurt 3,08%, Paris 2,69% e Londres 2,12%, no dia em que foi divulgada que a taxa de inflação de maio nos Estados Unidos ascendeu a 8,6%, acima dos 8,3% registados em abril e atingindo o valor mais elevado dos últimos 40 anos.

Esta quinta-feira ficou marcada pelo anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que as compras líquidas de ativos ao abrigo do programa APP terminam em julho, mês no qual avança com uma subida de 25 pontos base das taxas diretoras.

Entretanto, pelo mesmo motivo, o euro caiu hoje face ao dólar, descendo para 1,05 dólares. Pelas 18:00 (hora de Lisboa), o euro seguia a 1,0519 dólares, quando na quinta-feira, pela mesma hora negociava a 1,0653 dólares. O Euro também caiu face ao iene, mas recuperou face à libra.

Hoje, os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelaram que a taxa de inflação subiu em maio para os 8,6% atingindo o valor mais elevado dos últimos 40 anos (8,3% em abril) e acentuando os receios dos investidores de que os preços podem continuar a escalar.

Na Alemanha, o Bundesbank estima que a inflação atinja 7,1% em 2022, acima dos 3,6% estimados em dezembro, segundo as projeções hoje divulgadas, que refletem o menor crescimento daquela economia. Em Espanha, os dados também divulgados hoje apontam para nova subida da inflação em maio, indicando que esta se fixou em 8,7%, ou seja, 0,4 pontos percentuais acima da registada em abril, impulsionada pela subida do preço dos combustíveis e de alguns alimentos.