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Chuvas causaram 91 mortes no estado brasileiro de Pernambuco

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Foto EPA

Fortes chuvas que caíram na região metropolitana do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco, provocaram até o momento 91 vítimas mortais, segundo dados atualizados hoje pelo Centro Integrado de Comando e Controlo Regional (CICCR) do estado.

As autoridades brasileiras informaram também que equipas de resgate locais e do Governo Federal ainda fazem buscas para encontrar 26 pessoas desaparecidas, de acordo com um comunicado oficial.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sobrevoou hoje a área afetada nas cidades de Recife e Jaboatão dos Guararapes, e justificou aos jornalistas que não foi possível o helicóptero pousar devido ao solo encharcado.

Bolsonaro também observou que o país passou recentemente por desastres semelhantes nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e em Minas Gerais.

"Infelizmente, essas catástrofes acontecem em um país continental como o Brasil", disse Bolsonaro.

"Estamos todos obviamente tristes. Manifestamos nossa solidariedade aos familiares. Nosso objetivo maior é confortar as famílias e também, com meios materiais, atender à população", acrescentou.

O Governo brasileiro anunciou que disponibilizará ajuda financeira aos municípios que declararam estado de emergência e as pessoas que tiveram casas e negócios afetadas pelas águas das chuvas.

Especialistas dizem que as mudanças climáticas contribuem para chuvas mais intensas, e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) classificou a região metropolitana de Recife como uma das zonas mais vulneráveis ??do mundo.

Recife e cidades vizinhas formam uma grande região metropolitana de baixa altitude situada no delta de três rios, com várzeas e uma rede de dezenas de canais onde vivem cerca de quatro milhões de pessoas.

Em março, Recife se tornou na primeira cidade latino-americana a se inscrever para participar num programa que criará um seguro contra desastres climáticos criado por uma rede de governos locais e regionais e financiado pelo banco de desenvolvimento alemão KfW.

As autoridades de Defesa Civil de Pernambuco disseram que as inundações desalojaram 5.000 pessoas de suas casas e reforçou seu alerta sobre o risco ainda alto de deslizamentos de terra. A chuva continua na região, embora com menor intensidade.