O ‘exemplo’ faz sentido, hoje?

Sigo com interesse os programas da jornalista de investigação Conceição Lino. Os temas levantados são normalmente relevantes e dão a oportunidade a quem de direito poder solucionar os problemas.

Ontem mais uma vez segui com interesse o programa que destapava as incríveis condições da ASAE, do seu funcionamento, de uma gestão deficiente, das condições de trabalho e estado de conservação dos edifícios, entre outros pontos negros. Também pudemos assistir à argumentação do Diretor, um Senhor Diretor, contentinho com as percentagens, afinal nada de relevante havia a resolver, nada, que ele, com o seu argumentaria não nos pudesse convencer.

E este é o ponto, tudo está bem, podem dizer o que quiserem que vai continuar tudo na mesma. E afinal do que se trata quando o cidadão comum olha para esta organização do estado ‘autoridade’, mas que autoridade é que esta nossa ASAE tem para carregar em cima do cidadão porque não tem condições de higiene, porque não cumpre seja o que for? A exigência do exemplo é algo que não parece fazer sentido aqui e agora no nosso país.

O problema não está no problema do diagnóstico em si, mas na forte convicção, capacidade e eficácia da sua resolução rápida e transformadora. Se conseguíssemos acreditar que a mudança era possível, o cidadão comum português seria muito mais feliz, também mais empreendedor e participativo, talvez mesmo um elemento criador dessa mudança e não só por medo, mas por respeito e este deve existir nos dois sentidos.

Maria Madalena Victoria