Turismo Madeira

Alojamento turístico na Madeira com aumento de 575,2% nos proveitos totais

Foto Shutterstock
Foto Shutterstock

Com a maior taxas de ocupação-cama (44,1%) e ocupação-quarto (50,3%) no acumulado dos primeiros três meses de 2022, o alojamento turístico na Madeira destacou-se claramente das restantes regiões turísticas de Portugal neste primeiro terço do ano, sendo que em Março a taxa de ocupação-cama foi de 54,2% e a taxa de ocupação-quarto foi de 62,1%. Números que revelam o momento fulgurante de recuperação do turismo regional que, neste período, teve proveitos totais de 74,4 milhões de euros, um aumento de 575,2% face ao período homólogo, dos quais 49,5 milhões de euros (+623,3%).

Estes dados foram divulgados esta manhã pelo INE, que recorda que as dormidas ascenderam a mais de 1,3 milhões, considerando-se assim um aumento de 567,4% face aos primeiros três meses de 2021, período em que as restrições devido à pandemia ainda vigoravam em força. Destas dormidas, 195,1 mil foram de residentes (+202,1%) e mais de 1,11 milhões de dormidas de não residentes (+747,4%).

"No Funchal (10,4% do total das dormidas no país), registaram-se 417,4 mil dormidas em Março. Face a Março de 2019, as dormidas diminuíram 3,3% (+61,4% nos residentes e -9,9% nos não residentes)", salienta o INE, referindo que nesse mês "registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 30,1% das dormidas, seguindo-se o Algarve (21,8%), o Norte (16,7%) e a RA Madeira (14,2%)".

"Comparando com Março de 2019, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, mais acentuada no Algarve (-18,8%) e AM Lisboa (-16,2%)", diz  autoridade estatística nacional. "Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos na RA Madeira (+50,5%) e RA Açores (+4,0%), sendo de realçar o decréscimo no Algarve (-19,5%). Em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registou um aumento (+2,1%) e verificaram-se diminuições nas restantes regiões, sendo mais notórias no Centro (-22,4%) e na RA Açores (-21,1%)".

Voltando aos indicadores financeiros, "no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em Março, tendo aumentado 324,3% (+318,9% em Fevereiro). Face a Março de 2019 (33,7 euros), o RevPAR diminuiu 7,4%. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (50,2 euros) e RA Madeira (45,7 euros)", acrescenta.

Refira-se ainda que "no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,3 euros em Março, tendo crescido 45,7% (+44,2% em Fevereiro). Face a março de 2019, o ADR aumentou 4,4%", tendo o valor sido claramente influenciado pela AM Lisboa, com 92,1 euros, a única região acima da média, logo seguida da RA Madeira, com 73,7 euros.