A cobrança de entradas em alguns locais turísticos da Madeira deve avançar já este ano. A informação foi confirmada por Miguel Albuquerque, esta quinta-feira, à margem da visita à empresa Extinfogo Madeirense. 

Segundo o presidente do Governo Regional, para já a cobrança está garantida no Posto Aquícola do Ribeiro Frio (integrado no Parque Florestal do Ribeiro Frio) e no Miradouro do Cabo Girão. As verbas arrecadadas servirão para manutenção destes espaços. Os madeirenses poderão beneficiar do livre acesso ao fim-de-semana. 

"Em todo o lado, em todos os destinos turísticos, há uma cobrança para permitir que a receita reverta para a manutenção desses espaços, porque não é justo que seja o contribuinte a pagar isso tudo", justificou Albuquerque. Como exemplo, o presidente do Executivo madeirense apontou a verba arrecadada com as entradas nos Jardins da Quinta Vigia, que anualmente rendem cerca de 40 mil euros, "que dá para pagar a manutenção dos espaços". "Tudo isto implica milhões de euros ao fim do ano", pelo que é necessário "alguma racionalidade na gestão destes custos", referiu. 

Esta cobrança só não avançou ainda porque foi necessário conceder aos agentes de viagens e às empresas do sector um período de preparação, já que há pacotes que já estão negociados e que, com este novo custo, seriam insustentáveis. "Nós fizemos um acordo com alguns agentes de turismo para terem um espaço temporal para informarem as agências, porque os principais beneficiários e quem usufrui desses espaços são os turistas", apontou Miguel Albuquerque, referindo que esse "espaço de transição" visa "adaptar o negócio a estas condicionantes". 

Para o presidente do Governo Regional, esta modalidade é preferível à cobrança de uma taxa turística, sendo "muito mais fácil o princípio do utilizador-pagador".