A Guerra Mundo

Kiev reclama o direito de atacar alvos militares russos

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O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak defendeu hoje que a Ucrânia tem o direito de atacar alvos militares russos, numa indicação de que as forças de Kiev poderão realizar ataques em território russo.

"A Rússia está a atacar a Ucrânia e a matar civis. A Ucrânia defender-se-á por todos os meios, incluindo ataques em armazéns e bases de assassinos russos. O mundo reconhece este direito", escreveu Podoliak na rede social Twitter, citado pela agência francesa AFP.

A Rússia tem acusado as forças ucranianas de efetuarem ataques em solo russo nas últimas semanas, incluindo em duas aldeias na região fronteiriça de Belgorod e numa aldeia na região de Bryansk em meados de abril, sem que Kiev o confirme.

No início de abril, o governador da região de Belgorod alegou que helicópteros ucranianos tinham disparado contra um depósito de combustível.

Em 25 de abril, ocorreu um incêndio num grande depósito de combustível em Bryansk, uma cidade a 150 quilómetros da fronteira com a Ucrânia que serve de base logística para a ofensiva militar russa.

As autoridades russas não especificaram as razões do incêndio.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que entrou hoje no 64.º dia, com um balanço de baixas civis e militares ainda por determinar.

A ONU confirmou a morte de 2.787 civis desde 24 de fevereiro, mas tem alertado para a probabilidade de o número real ser muito superior.

O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, segundo a ONU.