Madeira

Manifestantes promovem "buzinão" no Funchal contra aumento dos preços

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A Comissão Regional Contra o Aumento dos Preços promoveu hoje um novo "buzinão" no Funchal contra a "escalada dos preços" dos bens alimentares, dos combustíveis, do gás e da eletricidade, prometendo regressar às ruas em breve com mais protestos.

"Estamos em abril e aproxima-se o 1.º de Maio [Dia do Trabalhador] e é na rua que devemos protestar contra as políticas, sejam elas do Governo Regional ou do Governo da República", disse Fernão Rodrigues, responsável pela iniciativa.

Classificando o aumento dos preços como "uma autêntica roubalheira", Fernão Rodrigues salientou que não podem "ser sempre os mesmos a pagar".

"Não está correto. As pessoas estão espezinhadas, vivem em dificuldades", acrescentou.

Cerca de uma dezena de manifestantes posicionaram-se ao final da tarde de hoje nos passeios dos dois lados da Avenida do Mar, em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, com cartazes e apitos, estimulando os automobilistas a buzinar, em plena hora de ponta.

"Esta iniciativa vem no seguimento das outras e mais virão contra esta escalada dos preços", disse Fernão Rodrigues, acrescentado que "o custo de vida aumenta e o povo já não aguenta."

Os manifestantes empunharam cartazes com frases como "Buzina contra o aumento dos combustíveis", "Não podem ser sempre os mesmos a pagar" e "É urgente aumentar os salários".

"Há sempre um pretexto para extrapolar os preços -- a pandemia [de covid-19], a guerra [na Ucrância]-- mas as pessoas não conseguem aguentar", alertou Fernão Rodrigues, dizendo haver muitas pessoas que a meio do mês já não têm dinheiro para "fazer face àquilo que têm de levar para casa".

Depois de criticar o que considera ser a política de subsídios às grandes empresas adotada pelo Governo Regional, Fernão Rodrigues advertiu: "Isto vai rebentar, vai rebentar."

Este foi o terceiro protesto organizado pela designada Comissão Regional Contra o Aumento dos Preços no Funchal, sendo que o primeiro, em 31 de março, ocorreu junto à Quinta Viga, sede da Presidência do executivo madeirense, e consistiu também num buzinão.