A Guerra País

Centenas de pessoas reunidas em Lisboa para alertar para situação em Mariupol

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Cerca de três centenas de pessoas, a maioria ucranianas, juntaram-se hoje em Lisboa para alertar para a situação em Mariupol, cidade ucraniana cercada pelas tropas russas que invadiram o país.

No Rossio, em frente ao Teatro Nacional Dona Maria II, os manifestantes juntaram-se hoje, ao princípio da noite, em redor de uma cartolina colocada no chão com a palavra crianças escrita em ucraniano e que era rodeada por velas, roupas infantis e brinquedos.

Por perto, um cartaz exibido por um dos manifestantes dizia que 205 crianças foram assassinadas naquela cidade.

Ao anoitecer, os participantes na manifestação convocada pela Associação de Ucranianos em Portugal acenderam mais de uma centena de velas em homenagem às vitimas da invasão russa e cantaram o hino ucraniano.

"Estamos aqui para lembrar que a guerra na Ucrânia continua", disse à Lusa uma das manifestantes.

"Queremos que os defensores de Mariupol sobrevivam. Pedimos a todos que não fiquem indiferentes", disse Irina Petryn, uma jovem ucraniana, acrescentando que a situação naquela cidade costeira "é terrível".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.