Desporto

Marítimo no 6.º lugar é meta para a presente época

Jogadores devem “lutar os 90 minutos pela terra que lhes paga o ordenado”, exige Rui Fontes

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A um ponto do 6.º lugar (Guimarães) e 11 pontos em relação ao 5.º classificado (Gil Vicente), agora que faltam dez jornadas para o final do campeonato, para Rui Fontes, presidente do CS Marítimo, o objectivo da equipa de futebol profissional agora é “lutar pelo 6.º lugar”.

Posição que quer ver concretizada até ao final da época, mas para isso lembra aos jogadores que importa “lutar os 90 minutos pela terra que lhes paga o ordenado”.

Palavras proferidas esta tarde por ocasião do protocolo entre o CS Marítimo e a FN Hotelaria, tendo em vista a manutenção do camarote reservado às Velhas Glórias do Marítimo.

Oportunidade para lembrar que “o Marítimo é muito mais que um clube. O Marítimo é uma terra”. Principalmente agora que é o único representante da Região no principal escalão de futebol em Portugal.

Pedro Freitas, o CEO da FN Hotelaria foi quem assinou o protocolo, mas coube ao pai, João Abel de Freitas, que é sócio do Marítimo desde que nasceu há quase 70 anos, confidenciar que os dois filhos, embora sócios do clube do Almirante Reis, são ‘mais’ adeptos do Porto e do Benfica.

Rui Fontes ‘não engoliu em seco’. Depois de deixar claro que “o Marítimo precisa das novas gerações”, tentou desde já convencer o CEO para integrar o Conselho Empresarial do Marítimo, órgão que “vai ser constituído por jovens empresários da nossa terra”, e desta forma tentar inverter a preferência clubística. Aliás, chegou a afirmar: “conto com os dois filhos para o Marítimo do presente e do futuro”. Reforçou o apelo ao lembrar que “o Marítimo precisa de todos. Somos muitos, mas queremos ser mais”.

Rui Fontes que expressou alguma mágoa por ver na Região madeirenses envolvidos em núcleos de clubes forasteiros, assumiu um desejo ‘impossível’: “Queremos que não haja um madeirense a apoiar equipas do continente”. Caso contrário, “nunca vamos levantar a cabeça a nível nacional se continuarmos assim”, admitiu.

De resto, reafirmou o compromisso de “preparar um Marítimo mais ambicioso do que tinha sido nos últimos anos”.

Declarações na presença de velhas glórias do clube. Foi com saudosismo que lembrou esses “grandes monstros do futebol” referindo-se aos “grandes jogadores madeirenses que jogaram com amor à camisola”.

Lembra que nesse tempo “aquela rivalidade – com os clubes da Região - era uma delícia. Principalmente à segunda-feira para discutir os resultados”, concretizou.