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Companhia aérea holandesa KLM suspende voos para a Ucrânia

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A companhia aérea holandesa KLM vai suspender, a partir de hoje, todos os voos programados para a Ucrânia e deixará de sobrevoar o espaço aéreo ucraniano até novo aviso, anunciou a empresa em comunicado.

A decisão produz efeitos imediatos, pelo que a segunda viagem de hoje, prevista para hoje à noite, também está cancelada.

A KLM efetua habitualmente duas ligações aéreas diárias entre Amesterdão e Kiev.

A companhia aérea tomou esta decisão depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Wopke Hoekstra, ter pedido em comunicado a todos os cidadãos holandeses que se encontram na Ucrânia para que deixem o país "o mais rapidamente possível" porque a situação de segurança na fronteira com a Rússia "deteriorou-se ainda mais".

Em declarações posteriores à imprensa, Hoekstra insistiu na necessidade de "levar a questão muito a sério" e recordou aos seus cidadãos que "continua a ser principalmente responsabilidade dos próprios holandeses deixar o país".

No mapa de alertas de viagem do ministério, a Ucrânia passou a ter a cor vermelha, o que significa que todas as viagens são desencorajadas e os holandeses são aconselhados a "sair enquanto os voos comerciais ainda estão disponíveis".

A maioria do pessoal da embaixada dos Países Baixos em Kiev também deixará o país e apenas serão mantidos serviços mínimos, e foi estabelecido uma espécie de centro diplomático temporário em Lviv para fornecer assistência urgente, como vistos de emergência e salvo-condutos.

A decisão do governo holandês segue o passo dado por outros países, como Bélgica, Espanha, Alemanha e Reino Unido, que instaram seus cidadãos a deixar a Ucrânia imediatamente, como fizeram os Estados Unidos na sexta-feira.

No caso de Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que o país não recomenda viagens à Ucrânia e que os serviços consulares sugerem aos portugueses que lá residem que deixem temporariamente o país, se não tiverem de permanecer por razões essenciais.

Os temores de uma invasão russa da Ucrânia aumentaram nos últimos dias, segundo Washington, embora o governo ucraniano tenha pedido a todos os seus cidadãos que permaneçam calmos e assegurou que as forças armadas ucranianas repelirão "qualquer ataque".