Madeira

Agricultura acusa JPP de "promover confusão e fazer falsas promessas"

Em causa estão declarações sobre os apoios aos produtores da cana-de-açúcar

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Em resposta às declarações do deputado do Juntos Pelo Povo, Rafael Nunes, que este sábado propôs o aumento do preço pago por cada quilo de cana-de-açúcar para 42 cêntimos, a Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural acusa o partido de fazer "política barata", "falta de preparação" e de "promover confusão e fazer falsas promessas".

JPP propõe 42 cêntimos por cada quilo de cana-de-açúcar

Após uma visita ao Porto da Cruz, e em contacto com vários produtores de cana sacarina, o JPP deparou-se “com um cenário muito complicado para estes agricultores”, referiu Rafael Nunes, porta-voz da iniciativa que decorreu, esta manhã, no centro daquela Freguesia.

Em nota emitida, a secretaria tutelada por Humberto Vasconcelos recorda que o escoamento da produção deste ano "ficou totalmente garantido" por parte das empresas de transformação. 

Confirmando que os produtores de cana sacarina recebem 0,30 cêntimos por cada quilograma de cana entregue nos engenhos, a Agricultura destaca que o valor representa "uma valorização do preço em cerca de 7%, resultado da acção de sensibilização feita pelo Governo Regional junto dos engenhos para a necessidade do aumento do preço aos produtores, na valorização de quem trabalha na terra" e afirma que o preço pago tem margem para subir. 

Como é óbvio, existe margem para voltar a subir o preço no próximo ano, até porque a procura é superior à oferta. É um sector em claro crescimento, e, nesse sentido, o Secretário Regional de Agricultura já anunciou um aumento de 2 cêntimos, através do POSEI, para 2023, e já sensibilizou os engenhos para a necessidade de aumentarem o preço pago aos produtores. Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

O Governo Regional refuta as acusações de "falta de apoio" do executivo madeirense proferidas pelo JPP, justificando que anualmente são canalizados cerca de 2 milhões de euros para o sector, "seja através do POSEI ou esforço do Orçamento Regional, para a transformação, envelhecimento de rum ou ainda produção de mel-de-cana".

A secretaria de Humberto Vasconcelos assegura que o Governo Regional "está ciente dos problemas" relacionados com o aumento dos factores de produção: "Foram assegurados cerca de 2,6 milhões de fundos comunitários, aos quais foi acrescida uma dotação do Orçamento Regional em cerca de 470 mil euros, que perfaz 3,1 milhões de euros que serão distribuídos no início de 2023 pelos nossos agricultores. Verbas a fundo perdido, para fazer face ao aumento do custo de vida do qual é alheio este Governo".

Por tudo isto, só nos resta condenar e vincar a política demagoga de um partido que procura afirmar-se através da mentira e de um certo sacerdotismo que não já não convence novos fiéis. Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural