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Duas greves marcam agenda mediática em Portugal na véspera de Natal

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Foto Shutterstock 

Hoje é véspera de Natal e há duas greves em Portugal, uma de trabalhadores do comércio e outra em cinco 'call centers'.

As razões para as duas paralisações são diferentes, mas há uma reivindicação comum: aumentos dos salários.

Os trabalhadores de distribuição e comércio estão em greve para exigir o encerramento aos domingos e feriados e aumento salarial.

"Nesta véspera de Natal, os trabalhadores do comércio vão estar em greve pelo aumento dos salários, condições dignas de trabalho e pela negociação dos Contratos Coletivos de Trabalho sem perda de direitos", refere o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, em comunicado.

Hoje e domingo também está prevista uma greve em cinco 'call centers', convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), para os trabalhadores da Intelcia, Randstad, Manpower, Vertente Humana e RH-Mais.

O objetivo é exigir a negociação do pagamento do trabalho "feito em dia feriado de acordo com a lei", "discutir e negociar escalas de feriados e folgas", assim como aumentos salariais e a redução de horário.

A Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) citou um estudo de 'benchmarking' [consulta das melhores práticas em dado setor] para contestar "os argumentos utilizados", apontando que o ordenado bruto médio mensal dos operadores dos 'call center' foi de 897 euros, um aumento médio de 27 euros face a 2020, e o dos supervisores de 1.084 euros, mais 58 euros, valores que à data "serão superiores".

Hoje, também é notícia:

POLÍTICA

Hoje, véspera de Natal, dia de consoada, da missa do galo, também é o dia de o Presidente da República ir beber uma ginjinha ao Barreiro.

A primeira vez foi em 2016, quando Marcelo Rebelo de Sousa se juntou à tradição dos barreirenses de irem beber uma ginjinha antes da consoada. São às centenas e não faltaram as famosas 'selfies'.

Um ano depois, prometeu: "Assim esteja vivo e de boa saúde e nos próximos anos cá estarei em 2018, 2019 e 2020."

Em 2020, a poucas semanas das eleições presidenciais, também esteve no Barreiro e voltou a dizer: "Presidente ou não Presidente estou cá para o ano. Eu venho pela ginjinha, não venho por ser Presidente."

E todos os anos tem ido ao Barreiro, exceto em 2021, devido à pandemia de covid-19 e por ter sido operado a duas hérnias, mas um grupo de barreirenses levou o licor para Marcelo beber no Palácio de Belém, em Lisboa.