É sabido que o Governo Regional transfere milhões em apoios para as escolas privadas. E ainda bem. Porque assim as famílias podem escolher onde querem que os seus filhos estudem. Uma das razões é o facto de aquelas escolas oferecerem actividades extra curriculares e, mais importante, apoio à família no período das férias escolares. É determinante esse apoio, porque os pais trabalham e em muitos casos não há avós nem outros familiares a quem se possa recorrer. A minha filha está numa escola que oferecia esse serviço também no Natal. Este ano já não oferece, complicando a vida aos pais, que não têm com quem a deixar. Um deles teve de implorar à entidade patronal uns dias de férias para poder ficar com a menor.

Pergunto: a Secretaria da Educação não está atenta a estas situações? Não acompanha a actividade destas escolas, neste caso católica? Eu não pretendo que a escola se substitua à família, mas o apoio à família deveria ser dado entre os dias 27 e 30 de Dezembro e também no dia 22. Não sei se a escola católica da minha filha, gerida por uma fundação, é única com este modelo. Sei que desta forma não nos apoiam, criando-nos dificuldades acrescidas.

Celeste Pereira