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A FAMÍLIA, mas, de que género?

Desculpem-me mas, tudo isto, de uma só vez “mexeu comigo”. Para ser sincero é o que se chama “areia de mais para a minha camioneta”...

Quando escrevo é costume ter um escrutínio apertado dos que me são mais próximos, Mulher e Filhos. É normal gostam de mim e acham que, às vezes, sou "meio destravado"...

Pensei em Dezembro, mês do Natal, surpreendê-los com uma coisa sobre a Família, para mim o que há de "mais sagrado" e já me tinha preparado com alguns tópicos para desenvolver. Família, alicerce do indivíduo, base da sociedade - o que é a Família e qual a sua importância - Valores da Família e a sua acção decisiva no relacionamento com os outros etc., afinal e como terei ocasião de explicar saiu-me "furado"...

Interrompi o que estava a preparar, para ler um artigo no Observador de uma jornalista que aprecio particularmente, chamada Helena Matos e com o título "E Marcelo colou-se" - até aqui tudo pacífico. O pior veio depois, com a leitura do artigo!

Vejamos e vou citar as partes que mais me "afectaram": ... "E os deputados socialistas transitam. Para a loucura da engenharia social. Vários deputados do PS entregaram no Parlamento um Projecto de Lei que visa instituir uma espécie de género à escolha nas escolas. O texto parece nascido da cabeça de um grupo de adolescentes a brincar aos sovietes: as crianças são tratadas como filhos da escola. Uma escola onde existem uma espécie de avaliadores do género. Os pais e os encarregados de educação não são para ali chamados. Assim os pais deixam a Joana de manhã na escola, mas eis que a Joana resolve que é João.

Logo o responsável ou responsáveis na escola a quem pode ser comunicada a situação de crianças e jovens que manifestem uma identidade ou expressão de género que não corresponde à identidade de género à nascença avaliam a situação da Joana que quer ser João e diligenciam para que em toda a burocracia escolar, na sala de aula e demais assuntos a Joana passe a João, de aluna a aluno... Ou seja administrativamente a Joana mudou de género. Os seus pais podem opor-se? Neste projecto lei não..."

E concluía o seu artigo com a apresentação de um caso prático, e vou voltar a citar ..." E por fim e à atenção destes 35 deputados do PS deixo uma notícia sobre as consequências desta fantasia do género: na cadeia feminina de Tires deu entrada uma mulher acusada de ter esfaqueado os pais. A mulher em causa é anatomicamente falando um homem. Detalhemos: tem pénis e toda a anatomia inerente a um homem. Veste-se como mulher, identifica-se como mulher mas é um homem. Como invariavelmente acontece nestes casos com transgéneros as mulheres foram as primeiras a sofrer as consequências das fantasias legais com as mulheres transgénero: as guardas da cadeia de Tires foram obrigadas a fazer revista com desnudamento ao homem quando este entrou na cadeia. Protestaram mas foram obrigadas porque os novos regulamentos obrigam que a revista seja feita por guarda do género com que a pessoa transgénero se identifica. E assim as mulheres guardas tiveram de fazer revista à mulher transgénero que por sinal é um homem..." Fim de citação!

Desculpem-me mas, tudo isto, de uma só vez "mexeu comigo". Para ser sincero é o que se chama "areia de mais para a minha camioneta"... Francamente...!

No mesmo dia e nem de propósito, no telejornal da noite a notícia de abertura: - ..."Portugal com uma população de cerca de dez milhões de habitantes, tem quatro milhões e quatrocentos mil pobres"..., claro que isto não é uma prioridade, para aqueles 35 deputados do partido do Governo que como se viu atrás estão ocupados com outros assuntos muito mais importantes. Ufa! ia-me saindo um palavrão...

Acabrunhado e triste, mais tarde fui dormir com dificuldade, mas, vencido pelo cansaço.

Acordei sobressaltado a meio da noite, com um pesadelo e no meio daquele "caos" em que se havia transformado o meu sonho. Ouvi a voz da minha mulher que me inquiria aflita: - Ah! rapaz afinal o que é que se passa? Nem sequer respondi, já vão perceber porquê.

Não posso descrever com exactidão o que vivenciei durante "o mesmo", posso apenas deixar algumas pistas para que percebam o alcance da coisa.

Era o que parecia uma festa em que estavam os tais 35, mais o António que agora tinha virado Antónia, bem como o das selfies que agora era a Marcela toda engalanada, escandalosamente pintada e cheia de plumas, as guardas da cadeia que agora eram guardas machos e ferozes e "a bandida" que tinha pénis, mas que continuava a ser mulher cheia de lantejoulas. Uma confusão.

Envergonhado confesso, que no meio daquele desatino houve alguma actividade peniana intensa, por vezes até cruel e dolorosa.

Eis quando entra em cena, o cavaleiro das trevas montado no seu alazão negro empunhando um chicote, com que "lavou" toda "a malandragem" em presença. Foi quando acordei. Um horror!

Segundo um estudo publicado pela American Psychological Association a psicologia já mostrou que os sonhos muitas vezes são um reflexo daquilo que desejamos na vida real, mas, que não podemos ter.

Prometi à minha Mulher que me vou confessar com a brevidade possível e que enquanto Deus Nosso Senhor me Quiser por aqui, vou ser sempre João, jamais Joana!!!

Bom Natal!

P.S. - Em Novembro escrevi uma carta aberta ao Dr. Pedro Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

Registei e agradeço a forma célere e objectiva como tratou o assunto. Chapeau!