A estilista Fátima Lopes e a consultora internacional Marta Henriques Pereira partilharam o palco na penúltima conversa a dois do Madeira 7 Talks 2022, a decorrer no Nini Design Centre sob a temática ‘Mulheres por Cima!’

Com 30 anos de carreira Fátima Lopes recordou os tempos em que foi guia turística no estrangeiro como responsável de grupos. “Uma escola de vida” os quatro anos onde aprendeu a se “desenrascar”. Além disso, sair da ilha ajudou-a a perceber “que o mundo era muito grande e acessível”. Determinada, foi nessa altura que diz ter percebido que poderia ser o que quisesse ser. A receita do êxito como estilista é simples: “Metade talento e metade trabalho”.

Porque “toda a gente está bem desde que se sinta bem”, para a famosa estilista madeirense, que garante ter uma carreira “muito transparente”, não tem dúvidas que “vivemos a época mais democrática em moda”.

Fátima Lopes admitiu que muitas vezes o tratamento desigual na sociedade é também culpa das mães que educam de forma diferente os filhos, conforme o sexo. Daí a conclusão: “Está muitas vezes em nós, mulheres, saber educar pela igualdade”.

Acérrima defensora de uma sociedade igualitária, para Marta Henriques Pereira a “transição de classes” é algo que classifica “de super importante”, até porque essa possibilidade não acontece em grande parte do mundo.

Fluente em cinco das oito línguas que domina, destacou o bom exemplo do idioma inglês. Porque ao contrário da generalidade das línguas, que tem masculino e feminino no vocabulário, a língua inglesa sobressai pela sua particularidade neutral. Pormenor que por si só garante “maior igualdade”. A oradora, que é consultora internacional em assuntos de Boa Governação e Estado de Direito, elogiou o evento por ser “diferente da norma social”.