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Hoje é notícia no país e no mundo

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Foto Shutterstock

O Banco Alimentar contra a Fome realiza hoje e domingo uma nova campanha de recolha de alimentos em supermercados, sublinhando a sua "importância determinante", numa altura de "crescentes dificuldades" provocadas pela inflação e pela subida das taxas de juro.

A campanha, que decorre presencialmente nos supermercados de todo o país, tem o tema 'Esperança', para sublinhar a capacidade de contribuição individual "para melhorar a vida dos outros, com um simples gesto de partilha, especialmente no contexto de uma crise económica e social que previsivelmente se agravará no decurso dos próximos meses", refere o Banco Alimentar em comunicado hoje divulgado.

"É por isso necessária uma solidariedade reforçada e um esforço coletivo adicional de todos os portugueses para que seja possível aos Bancos Alimentares contra a Fome darem resposta aos crescentes pedidos de ajuda das famílias portuguesas mais carenciadas", acrescenta o Banco Alimentar, que adianta estar neste momento a ajudar diariamente mais de 400 mil pessoas.

O Banco Alimentar refere ainda que, "para além da campanha presencial dos dias 26 e 27, a recolha prosseguirá até 04 de dezembro através da possível aquisição de vales alimentares disponíveis nos supermercados ou de contribuições efetuadas no sítio na internet www.alimentestaideia.pt".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O primeiro filme realizado por António da Cunha Telles, "O Cerco" (1970), é exibido em Lisboa pela Cinemateca Portuguesa, numa homenagem ao produtor que morreu na quarta-feira, aos 87 anos, e foi figura fundadora do Cinema Novo português.

"O Cerco", que se estreou em maio de 1970 no Festival de Cannes, não escapou aos cortes da censura do Estado Novo, na época, e representa a estreia de Cunha Telles na realização, num percurso que marcou igualmente o cinema português como produtor e distribuidor.

A sinopse de "O Cerco" situa a narrativa em Lisboa, em 1969, numa mulher de vinte e poucos anos, vinda da alta burguesia, que abandona o marido, depois de violentada por ele, em busca de uma melhor condição de vida, mas que esbarra nos preconceitos da época e nos parâmetros sociais impostos pela ditadura . A protagonista do filme é a atriz Maria Cabral (1941-2017).

"O Cerco" é exibido hoje à noite, na Cinemateca Portuguesa, com entrada gratuita, no dia em que se realiza o funeral de António da Cunha Telles, em Lisboa.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futebol prossegue hoje a preparação para o jogo frente ao Uruguai, da segunda jornada do Grupo H do Mundial2022 de futebol, no Qatar, em treino em que as presenças de Nuno Mendes e Otávio não são certas.

O lateral-esquerdo Nuno Mendes recupera de problemas musculares, pelo que permanece a dúvida sobre a sua participação no apronto de hoje, assim como o médio Otávio, depois de ter saído com queixas do duelo inaugural.

A sessão de treino está agendada para as 17:15 locais (14:15 em Lisboa), no centro de treinos de Al-Shahaniya, situado nos arredores de Doha, e será antecedida de conferência de imprensa com um atleta a designar, pelas 16:30 (13:30).

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A França, campeã em título, e a surpreendente Arábia Saudita têm hoje a possibilidade de se apurarem para os oitavos de final do Mundial2022 de futebol, quando cumprirem a segunda jornada dos respetivos grupos, em ronda que pode deixar já eliminada a favoritíssima Argentina.

A Argentina pode ficar virtualmente de fora dos 'oitavos' caso perca hoje com o México, que empatou 0-0 com a Polónia na ronda inaugural, e só o triunfo permite aos sul-americanos 'respirar' com mais à-vontade.

A Arábia Saudita vê-se na improvável posição de poder assegurar o 'passaporte' para a fase a eliminar com um encontro por disputar, o que só acontecerá se bater a Polónia, em Al Rayyan, às 16:00 (13:00).

Mais natural é o facto de a França se encontrar na mesma situação dos sauditas, depois do triunfo robusto sobre a Austrália na estreia no Grupo D, por 4-1, que lhe permite apurar-se já hoje caso vença a Dinamarca às 19:00 (16:00) em Doha, cuja seleção não foi além do 'nulo' com a Tunísia na primeira jornada.

INTERNACIONAL

Assinala-se hoje o 90.º aniversário do "Holodomor", termo ucraniano que designa o "extermínio pela fome" provocado na década de 1930 pelo regime soviético de Joseph Estaline e reconhecido por Portugal como genocídio.

O flagelo histórico cometido pelo regime estalinista na Ucrânia soviética, também designado como "A Grande Fome" ou "A Fome-Terror", fez, entre 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de vítimas ucranianas.

Portugal é, segundo o Museu Holomodor, um dos Estados que reconheceram a fome como genocídio, juntamente com Austrália, Equador, Estónia, Canadá, Colômbia, Geórgia, Hungria, Letónia, Lituânia, México, Paraguai, Peru, Polónia, Estados Unidos e o Vaticano, para além da Ucrânia.

Alguns outros países, como a Argentina, Chile e Espanha, condenaram-no como "um ato de extermínio".

A Roménia, a Irlanda, a Alemanha e o Vaticano foram, até agora, alguns dos países que atribuíram ao crime da era soviética a classificação que a Ucrânia vinha pedindo há anos e que adquiriu uma nova atualidade desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, e durante alguns meses bloqueou a saída de cargueiros com cereais dos portos ucranianos, fazendo temer uma crise alimentar mundial.

LUSOFONIA E ÁFRICA

O representante especial das Nações Unidas e o presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) são hoje esperados em São Tomé e Príncipe, após uma alegada tentativa de golpe de Estado ocorrida na madrugada de sexta-feira.

O representante especial da ONU para a África Central, Abdou Abarry, e o presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Gilberto Veríssimo, vão inteirar-se sobre o ataque ao quartel militar, na sequência do qual pelo menos quatro pessoas morreram.

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, classificou o ataque como uma "tentativa de golpe de Estado".

O ataque, que se prolongou por quase seis horas, com intensas trocas de tiros e explosões, foi neutralizado pelas 06:00 locais (mesma hora em Lisboa), com a detenção dos quatro assaltantes e de alguns militares suspeitos de envolvimento no ataque.

Os assaltantes teriam atuado com a cumplicidade de militares no interior do quartel, tendo pelo menos três cabos sido detidos.

Dezenas de detidos, entre os quais se encontra o ex-presidente da Assembleia Nacional Delfim Neves, alegadamente acusado de ser um dos mandantes do ataque, foram transferidos, na sexta-feira à tarde, do quartel militar para as instalações da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, transportados em três carrinhas militares.

PAÍS

A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde realiza hoje à tarde uma concentração junto ao Hospital de Portimão, no Algarve, contra a falta de médicos e enfermeiros no estabelecimento hospitalar e contra um eventual encerramento da maternidade.

Em comunicado, a comissão de utentes manifesta-se contra o "retrocesso" que diz existir nos serviços de saúde prestados no Hospital de Portimão, que integra o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, tal como os hospitais de Faro e Lagos.

Sublinhando que "os utentes não são a favor deste retrocesso e lutarão para que tal não aconteça", a comissão refere que faltam médicos e enfermeiros no Hospital de Portimão, além de equipamentos e serviços.

Na nota, a comissão de utentes diz ainda ser contra o encerramento da maternidade, lembrando que, quando foi construída, a unidade de Portimão chegou a receber prémios por ser "um Hospital amigo do bebés e pelas condições que tinha nestas valências".