País

Saiba o que hoje é notícia

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Os enfermeiros cumprem hoje e quarta-feira mais dois dias de greve a reivindicar o pagamento de retroativos a janeiro de 2018 e a paridade da sua carreira com a dos licenciados da administração pública.

Estes dois dias de greve foram convocados pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e seguem-se a uma primeira paralisação realizada na quinta e sexta-feira, que, segundo a dirigente Guadalupe Simões, registou uma adesão global de cerca de 60%.

Com esta paralisação, o SEP espera que o ministério de Manuel Pizarro agende uma reunião para iniciar negociações destinadas a repor a paridade entre a carreira de enfermagem e a de técnico superior da administração pública, alegando que se verifica uma discriminação em todos os níveis remuneratórios.

Além disso, o sindicato reivindica o pagamento da reposição dos pontos da carreira com retroativos a janeiro de 2018 e não a janeiro deste ano, como decidiu o Governo recentemente.

O pré-aviso da greve prevê serviços mínimos a "prestar em situações impreteríveis", como urgências, cuidados intensivos, bloco operatório com exceção das cirurgias programadas, hemodiálise e tratamentos oncológicos, entre outras.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O centenário do nascimento da escritora e combatente pela democracia Natália Correia, a cumprir em 2023, é assinalado hoje com um concerto na Aula Magna, em Lisboa, numa iniciativa promovida pela Sociedade Portuguesa de Autores.

O concerto é protagonizado pela poesia da escritora, cantada por Ana Bacalhau, Áurea, Amélia Muge, Elisa Rodrigues, Katia Guerreiro, Mafalda Veiga, Patricia Antunes, Patricia Silveira, Maria João, Rita Redshoes, Sofia Escobar e Viviane.

Com conceção artística e musical de Renato Júnior, o concerto é só para convidados, mas resultará num álbum que será editado no início do próximo ano, com inéditos incluídos no programa.

Nascida em Fajã de Baixo, São Miguel, Açores, em 13 de setembro de 1923, Natália Correia morreu em Lisboa, em 16 de março de 1993.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futebol prossegue a preparação para a estreia no Mundial2022, em novo treino em que Fernando Santos deverá contar com todos os jogadores no relvado, a dois dias do jogo com o Gana.

No centro de treinos do Al-Shahaniya SC, nos arredores de Doha, Portugal tem uma sessão agendada para as 11:00 locais (08:00 em Lisboa), com os primeiros 15 minutos abertos aos jornalistas.

Tal como sucedeu na véspera, em que Fernando Santos teve os 26 atletas à disposição, a seleção nacional apresentar-se-á na máxima força no treino, com vista ao primeiro jogo no Campeonato do Mundo, agendado para quinta-feira.

Antes do apronto, um jogador a designar falará aos jornalistas em conferência de imprensa, a partir das 10:30.

Portugal e Gana jogam na quinta-feira, às 19:00, no Estádio 974, em Doha.

Seguir-se-ão os confrontos com o Uruguai, em 28 de novembro (22:00), e a Coreia do Sul, de Paulo Bento, em 02 de dezembro (18:00).

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A França, campeã em título, e a Argentina, uma das principais favoritas a suceder-lhe, entram em cena no Mundial2022 de futebol, defrontando Austrália e Arábia Saudita, respetivamente, na estreia nos grupos D e C.

As seleções mais fortes disputam o primeiro jogo no torneio frente aos adversários mais acessíveis, com os sul-americanos, liderados por Lionel Messi, um dos melhores jogadores da história da modalidade, a darem o pontapé de saída logo às 13:00 locais (10:00 em Lisboa), em Lusail.

Tal como a Argentina, que conquistou o título em 1978 e 1986, também a França ergueu duas vezes o troféu, em 1998 e 2018, mas a campeã em exercício apresenta-se desfalcada de alguns prováveis titulares, com o avançado Karim Benzema, vencedor da Bola de Ouro de 2022, a constituir-se como a mais recente baixa.

O encontro com a Austrália, em Al Wakrah, tem início às 22:00 (19:00) e encerra a jornada, já depois de Dinamarca e Tunísia terem disputado o outro jogo do Grupo D às 16:00 (13:00), em Al Rayyan, e de a Polónia, do goleador Robert Lewandowski, ter defrontado o México, para a 'poule' C às 19:00 (16:00), em Doha.

LUSOFONIA E ÁFRICA

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, prossegue hoje uma visita oficial de três dias a Portugal, com encontros com o primeiro-ministro, António Costa, e com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Esta é a primeira visita oficial do vice-presidente brasileiro a Portugal, que terminará o seu mandato em 01 de janeiro, quando tomar posse o novo governo, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 30 de outubro contra o atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro.

A visita de Mourão começou na segunda-feira, dois dias depois de Lula da Silva ter terminado a sua deslocação a Portugal como Presidente eleito do Brasil.

Hamilton Mourão encontra-se hoje com o primeiro-ministro português, António Costa, pela manhã, ao início da tarde visitará o consulado-geral do Brasil em Lisboa e depois irá reunir-se com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

No primeiro dia de visita, foi recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.

Na quarta-feira, terá um encontro com empresários brasileiros e portugueses e a tarde será dedicada a encontros na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, inicia hoje uma visita de dois dias ao Reino Unido, a convite do rei Carlos III, focada no reforço das relações bilaterais de desenvolvimento económico e segurança regional.

Durante a visita oficial, o chefe de Estado sul-africano vai reunir-se também com o novo chefe do Governo britânico, Rishi Sunak, segundo a Presidência da República sul-africana.

"As visitas reais de Estado são a mais alta honra concedida a um país pelo Reino Unido na promoção das relações bilaterais e como um símbolo de respeito e da importância que o Reino Unido atribui às suas relações com um determinado país", considerou o porta-voz do Presidente sul-africano, Vincent Magwenya.

Cyril Ramaphosa pretende abordar ainda o processo de paz na República Democrática do Congo (RDCongo), o levantamento das sanções no Zimbabué, o conflito na região norte de Cabo Delgado, em Moçambique, a ocupação de Marrocos do Saara Ocidental, a Área de Livre Comércio Continental Africana, e os resultados da 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27).

Ramaphosa, que procura a reeleição em dezembro na liderança do partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), esteve no funeral de Estado da rainha Isabel III, na Abadia de Westminster, em setembro, sendo o primeiro chefe de Estado a ser convidado para uma visita de Estado pelo monarca britânico Carlos III, desde a sua coroação, frisou Pretória.

PAÍS

O Tribunal de Matosinhos marcou para hoje as alegações finais do caso do homem acusado de matar um trabalhador ucraniano, no ano passado, na Póvoa de Varzim, distrito do Porto.

O suspeito, de 43 anos, e que está em prisão preventiva, foi acusado dos crimes de homicídio qualificado, escravidão e profanação de cadáver, crime que também é imputado à sua mãe, à mulher e a um sócio.

Em causa está a morte de um cidadão ucraniano, de 51 anos, em junho de 2021, que trabalhava numa exploração agrícola propriedade do suspeito e que, segundo a acusação, terá sido sodomizado com recurso a um objeto contundente que lhe causou graves hemorragias, levando-o à morte.

Existem também suspeitas de que o trabalhador, que vivia na exploração agrícola, numa rulote com parcas condições de habitabilidade, era escravizado e alvo de maus tratos por parte do empresário.