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Padre suspeito de tráfico de pessoas e abuso sexual em Foz Côa fica em liberdade

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O padre de 63 anos detido quinta-feira pela alegada prática de tráfico de pessoas e abuso sexual, em Vila Nova de Foz Coa, ficou hoje em liberdade e sujeito a apresentações quinzenais às autoridades.

Segundo fonte judicial, o Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Matosinhos, onde foi hoje ouvido, decretou ainda, como medida de coação, a proibição de contacto com a vítima.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve quinta-feira um padre de 63 anos pela alegada prática de crimes de tráfico de pessoas e de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, em Vila Nova de Foz Côa.

Em comunicado, a PJ adiantou que o suspeito foi detido, através da Diretoria do Norte, no âmbito de uma investigação em curso e em cumprimento de mandados emitidos pelo Ministério Público - Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Maia.

"Trata-se do padre António Pinto, de Numão, em Vila Nova de Foz Côa", no distrito da Guarda, disse fonte policial à agência Lusa.

Por decisão judicial de 2017, o arguido foi nomeado tutor da vítima, tendo-a acolhido na sua residência, oferecendo-lhe trabalho, em troca de alojamento e alimentação, sem qualquer outro pagamento, referiu a PJ.

A PJ acrescentou que, "aproveitando-se das incapacidades psíquicas e da especial vulnerabilidade da vítima, o arguido veio depois a exigir-lhe serviços sexuais, fechando-o em casa e vedando-lhe qualquer contacto com o exterior quando recusava aceder aos seus propósitos".

 A vítima, um homem de 44 anos, vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos, adiantou.