País

PS defende que é preciso esperar pelos dados do final deste ano

None

O líder parlamentar do PS defendeu hoje que é preciso esperar pelo final do ano para se retirar melhores conclusões sobre a evolução da inflação, apontando que este fenómeno começou a ter impacto no último trimestre de 2021.

Esta posição foi assumida por Eurico Brilhante Dias em conferência de imprensa, no parlamento, depois de confrontado com os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a inflação em Portugal.

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 10,2% em outubro, face aos 9,28% de setembro, atingindo o máximo desde maio de 1992.

"Veremos como se vai comportar a inflação nos últimos meses deste ano. Estando nós em outubro, o valor em referencial não tem ainda o último trimestre do ano", começou por observar o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Eurico Brilhante Dias indicou então que o fenómeno relativo à aceleração da inflação começou antes da intervenção militar russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"Em particular, acelerou no último trimestre de 2021. Por isso, temos de esperar, olhar com atenção, para o comportamento dos preços até 31 de dezembro deste ano", alegou.

Do ponto de vista político, o presidente do Grupo Parlamentar do PS advogou que o Governo "preparou um Orçamento do Estado para garantir que pode apoiar os portugueses e as empresas em 2023".

"Se não tivéssemos sido prudentes, provavelmente estaríamos com maiores dificuldades para apoiar. Hoje, em consequência da boa gestão orçamental, com as contas certas, sem fazer austeridade, o país está em condições de responder aos portugueses", afirmou.

Interrogado sobre o facto de o Estado Português ter terminado o terceiro trimestre com elevado excedente orçamental, Eurico Brilhante Dias referiu que o Grupo Parlamentar do PS tem acompanhado na Assembleia da República "todo o esforço em utilizar os recursos adicionais que foram captados na economia para apoiar as famílias e as empresas".

"Por isso, quando se chegar ao final do ano, faremos uma avaliação global sobre o défice orçamental e sobre o volume de dívida. Com o conjunto de medidas de apoio, chegaremos a um défice orçamental equivalente à proposta de Orçamento que foi apresentada em abril passado", insistiu.

De acordo com Eurico Brilhante Dias, "o equilíbrio e a prudência adotada pelo Governo vai permitir continuar as famílias e empresas em 2023".

"O Estado não guardou para si os impostos, o Estado está a utilizar os impostos para apoiar as famílias e as empresas. Os trabalhadores e pensionistas, em particular neste mês, têm recebido não só a prestação adicional nas pensões, como a devolução em parte dos impostos pela prestação dos 125 euros, mais 50 euros por cada dependente", acrescentou.