“Habilidade”, “Ilusão”, “fraude”

A oposição, inclusive BE e PCP que apoiaram António Costa (AC) 4 anos, descobriram de repente que a governação de AC não vai além da “habilidade” para criar “ilusão” através da “fraude” das promessas de resolução dos problemas que afetam o País, seja inscrevendo verbas para IP em sucessivos OE mas que nunca passam à prática, “reformas” que se limitam a alterar legislação para que tudo fique na mesma e de estar sempre à espera dos fundos da UE cuja execução fica sempre muito aquém das expetativas como o PRR. Forjar realidades virtuais para iludir a precária situação económica de Portugal motivada pela quase bancarrota a que o governo PS de Sócrates nos conduziu e cujos efeitos nefastos continuam a afetar-nos tem sido a maior “habilidade” de AC para iludir muitos portugueses. SNS, ferrovia, infraestruturas viárias, Justiça, floresta, aproximar o nosso nível de vida ao dos alemães – lembram-se? - são tudo promessas de AC por cumprir após 7 anos de governação imobilista e inconsequente que nos mantém nos últimos lugares do ranking da UE. Recordo o debate eleitoral para as últimas legislativas quando Rui Rio propôs a AC um acordo para reformas de fundo entre elas a da Segurança Social (SS) que AC recusou considerando que tal era desnecessário. O que AC fez agora foi utilizar o pacote de ajuda às famílias para dar com uma mão e tirar com a outra, usando uma pequena parte do aumento da receita fiscal proveniente da inflação e ludibriar uma vez mais os portugueses ao forjar uma atualização das pensões que visa impedir que os pensionistas recebam os aumentos a que teriam direito segundo a legislação em vigor. AC que ainda há pouco tempo rejeitava qualquer reforma visando a sustentabilidade da SS vem agora desdizer-se e alterar o método de cálculo das pensões alegando essa mesma sustentabilidade. É a “habilidade” de AC para prosseguir a “fraude” das suas promessas falhadas, mantendo-nos na “ilusão” de que no futuro tudo se resolverá.

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