Cuidado com o cão

“Cuidado com o cão” mais do que advertência para o perigo que poderá advir da ferocidade do animal, funciona sobretudo como uma ameaça para incutir medo em quem pretenda transpor a porta de entrada. Em recente entrevista António Costa (AC) lançou sub-repticiamente Pedro N. Santos (PNS) como seu sucessor no PS e eventual primeiro ministro, a que se juntou logo o coro de comentadores e comentadoras que nos media lhe são politicamente afetos e que se encarregam de promover a “maioria mais 1” para absoluta, já que se fosse AC a pedi-la seria mais 1 das suas habituais contradições com o que disse nas eleições de 2019: “os portugueses não gostam de maiorias absolutas nem de poder absoluto e que, por isso, apostava em ganhar eleições e em fazer acordos”. AC utilizou PNS como advertência para “ameaçar” quem vota ao centro e abomina políticas extremistas, que se perder as próximas eleições vai-se embora e terão de se haver com a “ferocidade” das políticas fundamentalistas de esquerda pró-nacionalizações e anti-iniciativa privada de PNS. Os putativos candidatos ao lugar de AC no PS não devem ter apreciado este lançamento extemporâneo da candidatura de PNS. É sabido que AC para conseguir o objetivo de manter-se a governar, seja qual for o preço a pagar pelos portugueses, não olha a meios e recorre a toda a sua gama de contradições como quando lançou a candidatura de Marcelo, ou quando disputou as eleições no PS com Seguro a quem deixou o recado “quem ganha por poucochinho é capaz de poucochinho”. Dito e feito, em 2015 AC perdeu as eleições mas a fome de poder a qualquer preço levou-o a governar com a extrema esquerda nos últimos 6 anos sendo incapaz de ir além do “poucochinho” ao manter o País na cauda da UE e os portugueses com o 7º pior salário médio da UE. Tirar o País da cauda da UE e melhorar o nosso salário médio só com as políticas reformistas do PSD e o acordo de governabilidade ao centro proposto por Rui Rio aos portugueses.

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