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Fim do apoio monetário não terá efeito negativo no emprego nos EUA

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O presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, considerou hoje que o fim do apoio monetário à economia não terá um impacto negativo no mercado laboral.

"É realmente tempo de começarmos a passar de uma situação de emergência associada à pandemia para um nível mais normal", afirmou Powell durante a sua audição no Senado para ser confirmado por mais quatro anos à frente da Reserva Federal (Fed). "Isso não deverá ter efeitos negativos no mercado laboral", acrescentou, sublinhando que o emprego é dinâmico.

"O mercado de trabalho tem recuperado a um ritmo bastante rápido", da crise causada pela pandemia na primavera de 2020.

Na sua intervenção, Powell disse ainda que a ameaça da inflação é a mais preocupante, indicando que pode manter-se até meio do ano, mas garantiu que se persistir depois disso, o banco central está pronto a agir, sugerindo que poderá ser decidida uma subida mais agressiva das taxas de juro.

Se a pressão inflacionista continuar "reagiremos em consequência", afirmou Jerome Powell, explicando que a estabilidade de preços "está no topo da lista de prioridades" da Fed.

No entanto, "o regresso à normalidade vai levar algum tempo", disse, numa altura em que a taxa dos fundos federais está próxima de zero.

Nos excertos do discurso de Powell que tinham sido divulgados antecipadamente, já tinha sido avançada a intenção de "impedir que a inflação se enraíze" nos Estados Unidos.

Os preços no consumidor aumentaram em novembro a um ritmo inédito em perto de 40 anos face ao mesmo mês de 2020, com a inflação a atingir 6,8%. Os dados de dezembro serão publicados na quarta-feira.

O Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, anunciou no passado dia 22 de novembro a recondução de Powell para um segundo mandato de quatro anos à frente da Reserva Federal (Fed), mas a nomeação tem de ser confirmada pelo Senado.

Na atuação de Powell durante o primeiro mandato, para o qual foi escolhido pelo antigo Presidente republicano Donald Trump, tem sido destacada a adoção de medidas rápidas e necessárias para apoiar a economia durante a recessão histórica causada pela pandemia de covid-19, pelo que a sua confirmação não deverá estar em causa.