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MPT critica Plano Regional de Emprego

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Assim, como o Plano Regional da Pobreza não quer compreender que a falta de dinheiro é essencialmente o factor controlador da pobreza, o Plano Regional do Emprego não quer compreender que o factor limitador do emprego e das condições de trabalho é a economia regional. Se houver expansão económica haverá mais empregos (para incluir os mais desfavorecidos) e os trabalhadores terão maior força negocial para impor condições de trabalho mais justas. 

A posição foi hoje assumida pelo candidato do Partido da Terra à Assembleia da República a propósito do Plano de Emprego da Região Autónoma da Madeira para os próximos seis anos, que foi apresentado, na passada sexta-feira.

Desemprego jovem e de longa duração são prioridades

Plano Regional de Emprego 2021-2027 hoje apresentado engloba 100 medidas orientadoras; Taxa de desemprego era de 7.3% no terceiro trimestre

Valter Rodrigues salienta que "as medidas do Plano Regional do Emprego  (PRE) são quase todas da parte da oferta" - ou seja, "formações, estágios, e apoios" - e questiona a pertinência de se estar a formar mais trabalhadores "sem ter em conta se a economia regional os consegue utilizar".

"Se pelo contrário houvesse uma actividade económica que precisasse de certo tipo de trabalhador qualificado, ao pagar bem por esses trabalhadores, muitos se qualificariam nessa área", argumenta o coordenador regional do MPT.

O Partido defende "uma certa condução da economia". "Ao contrário do liberalismo puro; não é só permitir o investimento, ou apoiá-lo; é preciso que o Governo Regional escolha uma actividade económica - um cluster- capaz de rivalizar com o Turismo, como por exemplo, a substituição de produtos (energia de fonte renovável, reciclagem, géneros alimentícios, vinho, …). À volta dessa indústria irão crescer novas empresas que criarão emprego e a competição por trabalhadores melhorará as condições de trabalho e diminuirá a pobreza", explica o candidato em nota remetida à imprensa.

O MPT diz ainda defender "as actividades de descarbonização total da economia e a aquacultura em alto mar". 

Por outro lado, Valter Rodrigues sublinha que "o MPT está farto de políticas que colocam os cidadãos a pedinchar para poderem ser felizes, de modo a condicioná-los (...) ao invés de políticas de desenvolvimento e liberdade (como por exemplo, aumento dos salários e fim do SIADAP)".