País

Morte de Hugo Abreu volta a ser hoje notícia

Acórdão relativo à morte de dois recrutas dos Comandos, em 2016, é proferido hoje; esta e outras notícias em destaque nesta segunda-feira, 6 de Setembro

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A Autoeuropa volta hoje à produção, apesar do problema de falta de semicondutores que está a afetar a fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal, e que já levou a várias paragens nos últimos meses.

Segundo informação divulgada em junho pela Autoeuropa, a falta de semicondutores, que está a afetar todo o setor automóvel, deve-se às dificuldades de fornecedores de alguns países, designadamente a Malásia, devido a medidas de confinamento por causa da pandemia de covid-19.

A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão Volkswagen, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, inicia hoje um ciclo regular de cinema brasileiro, que só terminará quando os trabalhadores da Cinemateca Brasileira "puderem regressar ao lugar e à missão que lhes compete".

O ciclo, que terá uma periodicidade quinzenal, abre com o filme "O dragão da maldade contra o santo guerreiro", de 1969, também conhecido como "António das mortes", primeira longa-metragem a cores do realizador Glauber Rocha.

O mais recente episódio da crise pela qual passa a Cinemateca Brasileira aconteceu em julho, quando um incêndio atingiu o edifício, em São Paulo, que alberga o maior arquivo cinematográfico da América do Sul.

Segundo informações dos 'media' brasileiros, entre os materiais armazenados e destruídos pelo fogo estavam cerca de quatro toneladas de documentos sobre a história do cinema do Brasil, equipamentos e parte do acervo de Glauber Rocha.

Em 2016, a cinemateca já tinha sido atingida por um incêndio que consumiu cerca de 500 obras fílmicas e, em 2020, sofreu uma inundação.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futebol efetua hoje o último treino antes do encontro frente ao Azerbaijão, na terça-feira, no Estádio Olímpico de Baku, relativo à quinta jornada do grupo A da qualificação europeia para o Mundial2022.

Um dia depois de ter chegado à capital azeri, a equipa das 'quinas' vai treinar às 18:00 (15:00 em Lisboa) no palco do jogo, 45 minutos depois de o selecionador Fernando Santos e um jogador a designar fazerem a antevisão da partida, em conferência de imprensa.

Portugal tentará na terça-feira, a partir das 20:00 (17:00 em Lisboa), somar diante da formação orientada pelo italiano Gianni De Biasi o quarto triunfo, e terceiro de forma consecutiva, na 'poule' A, que lidera, com 10 pontos, em igualdade com a Sérvia.

O Azerbaijão reparte o último lugar com a República da Irlanda, ambos com um ponto, graças ao empate 1-1 entre as duas seleções, no sábado, enquanto o Luxemburgo segue na terceira posição, com seis pontos, estando a quatro dos líderes Portugal e Sérvia.

A equipa de Fernando Santos apresenta-se em Baku sem o 'capitão', Cristiano Ronaldo, castigado depois de ver um cartão amarelo na quarta-feira, quando, aos 90+7 minutos, bisou frente à República da Irlanda, permitindo a difícil e tardia reviravolta em Faro (2-1) e passando a ser o melhor marcador da história em seleções, com 111 golos.

No sábado, o campeão da Europa em 2016 mostrou uma imagem melhor, ao vencer o Qatar, anfitrião do Mundial2022, por 3-1, no particular jogado em Debrecen, na Hungria.

LUSOFONIA

Os oficiais de justiça de Angola iniciam hoje uma greve nacional em protesto contra as "condições precárias nos tribunais, falta de transporte, de seguro de saúde e pela revisão do estatuto remuneratório".

Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), Joaquim de Brito Teixeira, a primeira fase da greve decorre de hoje a 10 deste mês e caso não exista disponibilidade de negociação da parte do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) a segunda fase será acionada entre 20 e 24 deste mês.

A greve deve abranger todos os tribunais de primeira instância das 19 províncias judiciais angolanas.

O sindicalista apontou a falta de pessoal, a revisão do estatuto remuneratório para os oficiais de justiça, as condições precárias que os tribunais apresentam como alguns dos pontos constantes do caderno reivindicativo.

O caderno reivindicativo do SOJA deu entrada no CSMJ em 15 de abril passado e nele consta também a necessidade da "implementação urgente" de um seguro de saúde para a garantia da assistência médica e medicamentosa aos oficias de justiça.

PAÍS

O Tribunal de Penafiel inicia hoje o julgamento do caso "Operação Entre Grades", no âmbito do qual três guardas prisionais são acusados de vários crimes de corrupção e tráfico de droga dentro da cadeia de Paços de Ferreira.

Entre os guardas prisionais está um chefe.

Este esquema de tráfico de droga terá durado dez anos e rendeu "largos milhares de euros" aos líderes da rede, indicou o Ministério Público (MP).

Segundo o MP, foram usadas contas bancárias de terceiros para guardar o lucro obtido com o tráfico na cadeia, onde os preços da droga e dos telemóveis são muito superiores aos que se praticam na rua.

SOCIEDADE

O acórdão relativo à morte de dois recrutas dos Comandos, em 2016, é proferido hoje, tendo a procuradora em julgamento pedido a condenação de cinco dos 19 arguidos a penas de prisão entre os dois e 10 anos.

Ricardo Sá Fernandes, advogado da família de Dylan de Silva e Hugo Abreu, foi mais exigente e pediu a condenação de oito militares, incluindo o médico Miguel Domingues e os comandantes da prova e do Regimento dos Comandos.

Os advogados de defesa pediram a absolvição dos seus constituintes e alegaram que os militares acusados foram julgados na "praça pública" pelos media.

Dylan da Silva e Hugo Abreu, à data dos factos com 20 anos, morreram e outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados durante a "prova zero" (primeira prova do curso de Comandos), que decorreu em Alcochete, Setúbal, em 04 de setembro de 2016.

Oito oficiais, oito sargentos e três praças, todos dos Comandos, a maioria instrutores, foram acusados de abuso de autoridade por ofensa à integridade física. Segundo a acusação, os arguidos atuaram com "manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nos ofendidos".