Eleições Autárquicas Madeira

Edgar Silva fala em "retrocesso político"

CDU assume 3.º lugar no Funchal e garante eleição de Herlanda Amado como deputada municipal

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No rescaldo dos resultados eleitorais, o coordenador regional da CDU e candidato à presidência da Cãmara do Funchal, Edgar Silva, afirma que "estas eleições autárquicas significam, no conjunto da Região, e na perspectiva da CDU, um retrocesso do ponto de vista do quadro político regional".

Ao DIÁRIO exemplifica que tendo em conta que haverá, nos próximos anos, verbas muito avultadas que serão geridas pelas autarquias, "a nossa leitura destes resultados eleitorais é de grande preocupação porque, em primeiro lugar, os instrumentos de fiscalização, os meios de exercício de uma oposição crítica, coerente sobretudo exigente, esses meios de fiscalização e de exercício da oposição vão ficar diminuídos". Edgar Silva salienta que a CDU insistiu muito "no perigo da Câmara do Funchal ficar apenas PS e PSD, sozinhos, sem controlo e de mãos livres, que isso poderia significar algo de prejudicial para a própria democracia porque em muitos aspectos da vida da cidade, independentemente de quem ganhou ser o PS ou PSD, no essencial, aquelas questões que consideramos cruciais, eles entendem-se e aí era importante haver alguém que fizesse a diferença."

"Este quadro político no Funchal, e que depois tem expressão noutros concelhos, na nossa perspectiva significa um retrocesso político e as populações vão sentir porque de alguma forma vão perder mecanismos de reivindicação, poderão se ressentir porque a própria democracia fica amputada de elementos mais sensíveis na fiscalização", alerta.

De qualquer modo, Edgar Silva salienta que o facto da CDU ficar como terceira força política no Funchal, isso tem um significado importante, "o facto de podermos manter a representação política que nos permite uma intervenção no quadro da assembleia municipal". Os dados que o partido dispunha há pouco é que Herlanda Amado manter-se-ia como deputada municipal.  "É importante porque será uma possibilidade de exercício não tanto quando poderíamos ter se reforçarmos, mas é importante manter esta linha de vanguarda na intervenção."