Madeira

Deputados da Madeira e Açores criam “frente unida” para defender interesses em Lisboa e Bruxelas

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Deputados das assembleias legislativas da Madeira e dos Açores vão realizar um encontro, “provavelmente no início do próximo ano”, para esboçar “uma frente atlântica unida” orientada para a defesa junto do Governo da Repúblicas e nas instituições da União Europeia medidas comuns aos dois arquipélagos. A informação foi avançada hoje pelos presidentes dos dois parlamentos insulares, José Manuel Rodrigues e Luís Garcia, depois de uma visita ao Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial.

O responsável máximo do parlamento madeirense explicou que o encontro com o homólogo açoriano “permitiu estreitar relações” a definir “posições comuns, quer junto do Estado quer junto da União Europeia em matéria de defesa dos interesses das duas regiões autónomas”. Entre as questões comuns está o cumprimento do princípio da solidariedade europeia e nacional, do princípio da continuidade territorial e também do princípio da mobilidade dos cidadãos insulares para o resto do território nacional.

“Penso que é um passo importante no sentido de fazer ver ao Estado que as nossas ilhas dando uma dimensão atlântica muito importante ao país merecem também ter a consideração que não têm tido até ao momento”, sublinhou José Manuel Rodrigues. O presidente da Assembleia da Madeira deu como exemplo de incumprimento dos deveres do Estado a lei do subsídio de mobilidade já aprovada na Assembleia da República e que aguarda há três anos uma portaria do Governo de Lisboa para permitir madeirenses e açorianos paguem menos pelas viagens.

“Estas questões, havendo uma consensualização entre os dois parlamentos, são mais fáceis de resolver. O passado diz-nos que sempre que madeirenses e açorianos negociaram de forma isolada, não fizeram valer as suas posições. Sempre que tivemos posições consensualizadas, comuns e alinhadas no mesmo sentido, madeirenses e açorianos conseguiram defender e fazer vingar os seus direitos, quer junto do Estado Português quer junto da União Europeia”, rematou José Manuel Rodrigues.